A Polícia Militar Ambiental prendeu dois homens e desarticulou um esquema de caça-ilegal, nesta sexta-feira (6), em Ubatuba. A ação foi realizada em um sítio no bairro Taquaral e faz parte da Operação Impacto, desencadeada após uma denúncia anônima de caça predatória de animais da fauna silvestre.
Segundo a corporação, a equipe do Grupamento Tático Ambiental recebeu a denúncia e se deslocou ao local indicado. Durante a incursão na mata, os policiais ouviram sons característicos de um animal, possivelmente um porco-do-mato. Ao chegarem a uma residência vazia, os militares encontraram um chiqueiro improvisado contendo um porco queixada, espécie nativa da fauna silvestre. No local os agentes ainda encontraram duas espingardas.
Ao buscar informações com vizinhos, foram vistos dois homens na trilha, que foram abordados. Questionados, um dos indivíduos se identificou como proprietário da residência, e disse que o animal nativo apareceu em sua propriedade e, por ser dócil, decidiu mantê-lo preso. Negou, no entanto, qualquer envolvimento com caça predatória, alegando que as armas encontradas em sua residência eram para defesa pessoal.
Com sua autorização, a Polícia realizou uma busca no interior da casa, de foram apreendidos: uma espingarda calibre 22; uma espingarda calibre 20; uma espingarda calibre 28; oito munições intactas calibre 28 e cinco deflagradas; seis pacotes de chumbo e dois potes de pólvora; um cinturão baleiro; além de duas peças de carne de porco queixada armazenadas na geladeira.
Os homens negaram os crimes, mas diante do flagrante foram presos por posse ilegal de arma de fogo, caça de animais silvestres e manutenção de animal silvestre em cativeiro sem autorização. Eles foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Ubatuba, onde o delegado de plantão lavrou o Boletim de Ocorrência apreendendo os materiais de caça.
O proprietário da casa foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e crime de caça, agravado por esta na área do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Picinguaba. Ele foi multado R$ 30 mil. Já seu colega responderá criminalmente por posse ilegal de arma de fogo, ambos pagaram fiança e responderão em liberdade.
O porco queixada apreendido será destinado a uma instituição apropriada em data ainda a ser definida.