Representantes da comunidade do chamado “Morro do Fórum”, em Ubatuba, vão se reunir com a Polícia Militar na tarde desta segunda-feira (27) para discutir a desocupação e a demolição das moradias consideradas irregulares pela Prefeitura. Os moradores pedem para que a retirada ocorra sem que haja qualquer tipo de confronto ou problema.

A reunião está marcada para às 15h, na sede da 3ª Companhia da Polícia Militar de Ubatuba, no bairro Barra da Lagoa.

Inicialmente, a desocupação estava prevista para esta segunda-feira (27). De acordo com a comissão que representa os moradores, o ato deve acontecer na terça-feira (28). O grupo afirma que 170 famílias devem ser despejadas.

Na última sexta-feira (24), uma decisão da Justiça determinou a imediata desocupação das moradias. A medida é assinada pelo juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares.

“Não há tempo necessário para discutir intervenções de obras de contenção para manter as casas onde estão submetidas a risco. Assim sendo, não resta outra solução a não ser a remoção imediata de todas as famílias da área, antes das próximas chuvas, preservando-se vidas”, diz um trecho da decisão.

Na última semana, moradores já haviam realizado uma manifestação em frente à Secretaria de Assistência Social.

A comunidade afirma que a Prefeitura não está dando o suporte necessário.

O que diz a Prefeitura

De acordo com a Prefeitura de Ubatuba, a desocupação do Morro do Fórum cumprirá a decisão judicial que determina a remoção total dos atuais ocupantes da área pública, que é considerada de alto risco pela Defesa Civil, e será realizada com o apoio das forças de segurança, municipal e estadual, e com o suporte de diversas secretarias e demais órgãos municipais.

A administração afirma que tem mantido diálogo aberto com os ocupantes, com o objetivo de “encontrar uma solução harmônica e menos traumática para o cumprimento da decisão judicial”.

A Prefeitura afirma ainda que “mantém à disposição dos ocupantes os serviços de transporte e mudança para a remoção voluntária das famílias para um local pré-indicado por elas, sem custos aos ocupantes”.

Além disso, a administração afirma que há “perigo iminente em continuar neste local, principalmente nestas épocas de fortes chuvas".