PF investiga lavagem de dinheiro milionária envolvendo líder sindical de SJC

Investigação aponta que o grupo criminoso movimentou cerca de 2,5 milhões em recursos em contas de laranjas, incluindo a de uma igreja e a de membros de uma loja maçônica

Redação Band Vale

PF investiga lavagem de dinheiro milionária envolvendo líder sindical de SJC
PF investiga lavagem de dinheiro milionária envolvendo líder sindical de SJC
Reprodução/PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a Operação Smurfing com o objetivo de reprimir um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro liderado por um sindicalista de São José dos Campos. De acordo com o órgão, foram movimentados cerca de R$ 2,5 milhões em transações suspeitas.

Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão nos municípios de São José dos Campos (3), Jacareí (1) e Itapevi (1).

A organização criminosa era comandada por um investigado que durante os anos de 2019 e 2020 ocupou a presidência do SINTRICOM (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Mobiliário e Montagem Industrial de São José dos Campos e Litoral Norte).

Segundo a PF, a investigação, iniciada a partir dos desdobramentos da operação “Pau na Gata I”, deflagrada em outubro de 2019, revelou a existência do esquema.

A investigação aponta que os envolvidos desviaram ilegalmente cifras milionárias do SINTRICOM de São José dos Campos e movimentaram os recursos em contas de laranjas, incluindo a de uma igreja e a de membros de uma loja maçônica.

Com o esquema, os criminosos adquiriram bens em nome de interpostas pessoas e custear viagens internacionais e presentes aos próprios investigados e a pessoas próximas.

Em uma das contas bancárias identificadas pela PF, o grupo movimentou cerca de R$ 360 mil. A Polícia afirma que boa parte desse montante foi dividido em dezenas de depósitos realizados em apenas 3 dias, sempre em valores menores, com o objetivo de dificultar a identificação do responsável.

O Poder Judiciário determinou, ainda, o bloqueio de contas bancárias dos envolvidos, os quais responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato. Se condenados, as penas podem chegar a 22 anos de prisão.

A reportagem solicitou um posicionamento ao SINTRICOM e aguarda um retorno.

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