Penitenciária de Tremembé (SP), destino de Ronnie Lessa, enfrenta superlotação

Atualmente, a penitenciária possui uma capacidade total para abrigar 1.278 detentos, mas está com uma população carcerária de 1.914 presos

Redação Band Vale

Ronnie Lessa chega em penitenciária de segurança máxima em Tremembé (SP)
Caroline Corrêa/ TV Band Vale

A Penitenciária I "Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra" de Tremembé (SP), que recentemente recebeu o ex-policial militar Ronnie Lessa, enfrenta um grave problema de superlotação. Dados atualizados em 19 de junho mostram que a unidade está operando muito acima de sua capacidade.

Atualmente, a penitenciária possui uma capacidade total para abrigar 1.278 detentos, mas está com uma população carcerária de 1.914 presos. Esse excedente representa uma superlotação significativa, colocando pressão sobre os recursos e a infraestrutura da unidade.

Além da população geral, a Ala de Progressão Penitenciária (APP) da unidade, que tem capacidade para 207 presos, abriga atualmente 249 detentos. Em contraste, a área de Progressão Continuada (PC), com capacidade para 6 presos, está subutilizada, com apenas 1 detento.

O que diz a SAP

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informa que para combater a sobrepopulação prisional tem adotado medidas como inauguração de novos presídios. Estão previstas as entregas de mais duas novas unidades nos municípios de Riversul e Santa Cruz da Conceição. Juntas, terão o total de 1.646 vagas. O Governo de São Paulo também incentiva a adoção de penas alternativas pelo Poder Judiciário, além da realização de mutirões visando dar maior agilidade aos processos.

Segurança e ameaça de morte

Uma facção criminosa já teria ordenado a morte do ex-policial militar Ronnie Lessa. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp). O Sifuspesp alerta para o clima tenso na Penitenciária 1 de Tremembé, com relatos de uma possível escalada de violência e até mesmo uma rebelião em potencial. Este cenário é atribuído à ligação de Lessa com a milícia e ao fato de ser ex-policial militar, o que o torna um alvo da facção dentro da prisão.

Além das questões de segurança, o sindicato aponta a falta de policiais penais como um fator que fragiliza ainda mais a segurança interna da unidade, colocando todos os envolvidos em risco. 

Transferência de Ronnie Lessa

Ronnie Lessa, ex-policial militar, chegou à Penitenciária 1 "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra" em Tremembé, São Paulo, na tarde desta quinta-feira (20), após ser transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande. 

Lessa, preso desde 2019 por envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, começará sua estadia na nova unidade em regime de observação. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Lessa permanecerá em regime de observação pelos próximos 20 dias

Nesse período, ele ficará em uma cela de 9 m², onde será monitorado de perto para avaliar seu comportamento e garantir a segurança dentro da unidade. Este regime é um procedimento padrão para novos detentos em presídios de segurança máxima, permitindo uma adaptação gradual ao ambiente carcerário.

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