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Penitenciária 1 de Tremembé reforça segurança após transferência de Ronnie Lessa

Ex-policial militar chegou à P1 na tarde da última quinta-feira (20), e neste momento está em regime de observação

Redação Band Vale

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Como serão primeiros dias de Ronnie Lessa preso em Tremembé (SP)
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A Penitenciária 1 de Tremembé, no interior de São Paulo, recebeu reforço na segurança, após a transferência de Ronnie Lessa, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O ex-policial militar chegou à P1 na tarde da última quinta-feira (20), e neste momento está em regime de observação.

De acordo com a SAP, desde que Lessa ingressou na P1, a unidade recebeu reforço de segurança. Confira a nota: 

 Todas as unidades de regime fechado da SAP contam com abertura e fechamento automatizado de porta de cela, minimizando o contato entre pessoas presas e Policiais Penais. O custodiado permanece em regime de observação, não havendo nenhuma anormalidade desde a inclusão dele no presídio. A decisão do Supremo Tribunal Federal definiu que a inclusão do preso seja em unidade de Tremembé.

Ronnie Lessa está preso desde 2019, acusado de participar da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A transferência para Tremembé foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da defesa de Lessa.

A operação de transferência contou com um esquema de segurança rigoroso. Lessa foi escoltado por viaturas da Polícia Penal Federal e deixou Campo Grande em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB).

Rotina de Ronnie Lessa na prisão

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Lessa permanecerá em regime de observação pelos próximos 20 dias. Nesse período, ele ficará em uma cela de 9 m², onde será monitorado de perto para avaliar seu comportamento e garantir a segurança dentro da unidade. Este regime é um procedimento padrão para novos detentos em presídios de segurança máxima, permitindo uma adaptação gradual ao ambiente carcerário.

(Caroline Corrêa/ TV Band Vale)

Conversas devem ser monitoradas pelo Estado de SP

No começo da semana, na segunda-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo mantenha o monitoramento das comunicações, tanto verbais quanto escritas, de Ronnie Lessa com seus familiares e advogados na penitenciária de Tremembé. 

Confira trecho da decisão:

"...Diante do exposto, DETERMINO à Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo que, nos termos do art. 3º, §2º, da Lei n. 11.671/08, com a redação dada pela Lei n. 13.964/19, em razão das peculiaridades do caso concreto, obedecidas, inclusive, as normas internas do estabelecimento prisional paulista, MANTENHA SOB MONITORAMENTO DE ÁUDIO E VÍDEO no parlatório e nas áreas comuns, para fins da preservação da ordem interna e da segurança pública o colaborador RONNIE LESSA, e AUTORIZO O MONITORAMENTO de suas comunicações verbais e escritas, das celas e nos momentos de visitas de familiares e de atendimento advocatício, nos temos da legislação anteriormente citada. Comunique-se, imediatamente, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, ao colaborador RONNIE LESSA e sua defesa técnica. Expeça-se o necessário. Ciência à Procuradoria-Geral da República. Cumpra-se. Publique-se."

Transferência imediata de Ronnie Lessa

Na última semana, a Justiça determinou a transferência imediata de Ronnie Lessa, ex-policial militar e um dos assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, para o Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo. Lessa deve chegar ao presídio em breve. 

A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o levantamento do sigilo de partes do acordo de colaboração premiada de Lessa.

Pena em regime fechado

O acordo de delação firmado entre a Polícia Federal e Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, prevê o cumprimento total de pena de 18 anos em regime fechado, contados a partir da data de sua prisão.

Lessa está detido desde março de 2019, restando cumprir mais 13 anos para o fim do regime fechado. Após 2037, o ex-PM terá de cumprir mais dois anos em regime semiaberto e outros dez em livramento condicional. Seguindo o acordo e cumprindo as medidas de se apresentar à Justiça e não viajar, Lessa poderá ir para a liberdade total.

O termo de delação foi assinado pela Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e Ministério Público do Rio, além do próprio Lessa, em 16 de fevereiro de 2024. A delação pode ser suspensa caso se comprove que Ronnie Lessa mentiu ou omitiu provas durante as confissões.

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