Pais de São José dos Campos correm contra o tempo para salvar vida da filha

Bebê, que está internada no Hospital Regional, precisa de cirurgia para sobreviver

Redação Band Vale

Helena nasceu no dia 14 de outubro, mas desde então a bebê ainda não foi para casa
Arquivo Pessoal

Uma recém nascida de São José dos Campos luta contra a vida por um grave problema de saúde. A menina, chamada Helena, está internada no Hospital Regional de São José dos Campos desde o dia 14 de outubro e luta pela vida, que pode ser salva por uma cirurgia.

A bebê tem os órgãos espelhados, ou seja, eles estão no lado oposto em relação ao local onde eles seriam encontrados normalmente. Além disso, segundo o pai de Helena, Igor Alessandro Gonçalves Teixeira, ela tem uma artéria tão fina que prejudica no envio do sangue para o corpo:

“A Helena tem hipoplasia do ventrículo esquerdo, na verdade é um dos problemas. Ela também tem o coração em que a ponta é apontada para o lado direito, e os órgãos também são ao contrário. Se um órgão era pra ser do lado esquerdo, ele está do lado direito. Isso não afeta nada na vida dela, o que afeta é o coração, que a veia é estreita e o sangue não passa para os órgãos.”

O problema na formação da bebê foi descoberto enquanto ela ainda estava na barriga de Maria Fernanda. Desde então, os pais lutam pela vida da menina, como conta Maria Fernanda de Fátima Silva, mãe de Helena:

“A gente estava esperando encaminhamento para ir para São Paulo, e não chegou nada da Helena ir. Aí agora a gente entrou na fila de novo para a helena fazer a cirurgia dela.”

O pai ainda completa informando que sabiam do problema e esperavam um retorno do Hospital de São Paulo, o que nunca ocorreu:

“A gente já sabia do problema da Helena um mês antes dela nascer. A gente entrou em contato com o 156 porque o hospital da mulher dizia que o hospital lá em São Paulo iria entrar em contato com a gente mas nunca entraram.”

Pouco antes de Helena nascer, os pais descobriram que o pedido para que ela fosse para São Paulo nunca tinha sido feito, o que prejudicaria o tratamento da menina.

“A gente entrou em contato com o 156, passei todos os dados da minha esposa e eles falaram que nada existia, que não tinha nenhum pedido da gente para São Paulo, então a gente ficou perdido. Dois dias depois a Helena nasceu e até agora não fomos atendidos”, comentou o pai Igor Alessandro.

Os pais correm contra o tempo para conseguir a cirurgia da Helena, e cada dia que passa as chances de vida da bebê diminuem. Por isso, eles pedem que o procedimento seja liberado o quanto antes, como explica o pai da criança:

“A cada dia que passa milha filha vai sofrendo mais. Ela tinha a ponta de um dedo roxa, agora são três. As vezes eu chego lá, a Helena está vermelha, as vezes está roxa, então é isso que a gente não sabe. As vezes a gente está em casa, o hospital liga para a gente e não sabemos se é notícia boa ou notícia ruim, então a gente chega lá e nada aconteceu.”

O que diz a Secretaria de Estado da Saúde

"A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o caso está sendo monitorado e será encaminhado a serviço de referência, porém, a paciente está em tratamento específico, o que inviabiliza a transferência no momento.

Importante esclarecer que uma transferência não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro estável que permita o deslocamento a outro serviço de saúde sem riscos ao paciente.

A Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) possui um sistema on-line que funciona 24 horas por dia e busca vagas disponíveis em diversas unidades de saúde (não apenas nos hospitais estaduais) na região de origem do paciente e com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes. A Central é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso."

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