
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC, realizou nesta quinta-feira a Operação Ultravale, focada em desmantelar uma organização criminosa envolvida em sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro.
O grupo utilizava refugiados sírios como laranjas e mantinha relações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Hezbollah, ampliando a gravidade do caso para um nível transnacional.
As investigações apontaram que os criminosos criavam empresas de fachada, com refugiados figurando como sócios e administradores.
Essas empresas eram usadas para ocultar a origem ilícita dos recursos e simular solidez financeira, permitindo fraudes no mercado de crédito.
Relatórios do COAF indicaram transações com entidades ligadas ao PCC e indivíduos associados ao Hezbollah, reforçando o caráter internacional do esquema.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens avaliados em R$ 45 milhões e prisões em flagrante.
Entre os itens apreendidos estavam veículos de luxo, valores em dinheiro e documentos relacionados ao esquema. Telefones e computadores serão analisados para aprofundar as investigações.
A Operação Ultravale recebeu seu nome de uma das empresas centrais no esquema, localizada em São José dos Campos.
A Polícia segue investigando o caso, que destaca a complexidade e o alcance global do crime organizado.