Nova audiência pode definir rumo de demitidos da Caoa Chery, em Jacareí

Após proposta do Ministério Público do Trabalho, montadora e sindicato voltam a negociar indenizações

Redação Band Vale

Metalúrgicos durante protesto em concessionária da Caoa Chery em São José dos Campos
Divulgação/Sindicato do Metalúrgicos e São José dos Campos

Uma nova audiência de mediação está marcada para a tarde desta segunda-feira (23), entre a Caoa Chery e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. 

A primeira delas, realizada na última sexta, terminou com uma proposta do Ministério Público do Trabalho, para pagamento de indenizações individuais de 15 a 20 salários aos 485 funcionário demitidos da fábrica de Jacareí.

A audiência de hoje tem início às 15h. O MPT incluiu ainda a manutenção dos planos de saúde, odontológicos e vale refeição para o período de um ano e meio, além do compromisso de priorizar a contratação dos trabalhadores desligados, caso a montadora inicie a produção de carros elétricos na unidade de Jacareí.

Histórico 

Segundo informado pela empresa, a planta de Jacareí será provisoriamente fechada, resultando no desligamento dos trabalhadores que atualmente se ativam na linha de produção, com o objetivo de planejar um reposicionamento de mercado. A intenção da Caoa é reabrir a fábrica em meados de 2023, com foco na manufatura de carros elétricos.

Um acordo chegou a ser proposto pelo sindicato, de manter os empregados em sistema de lay-off, mas a empresa declinou dias depois. Na audiência, os representantes da Caoa afirmaram ao MPT que a concessão de lay-off esbarra em um “impedimento jurídico”, e que anuir a tal proposta representaria uma “fraude ao governo”.

Sindicato na Câmara de Jacareí

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região se reuniram com vereadores de Jacareí, na noite da última terça-feira (17) e pediram medidas concretas à Câmara para impedir que a Caoa Chery feche sua fábrica no município.

O sindicato pediu que o Legislativo interfira nos planos da montadora, exija o cumprimento do acordo e mantenha a continuidade das negociações com os trabalhadores. O grupo apontou aos vereadores que a montadora teria quebrado um acordo, registrado em ata em 10 de maio.

De acordo com o sindicato, para que hajam medidas efetivas contra a saída da montadora, é necessária a apresentação e aprovação de um projeto de lei que proíba a saída da Caoa Chery, indicando que a indústria automotiva seria de interesse estratégico para o desenvolvimento regional. 

O projeto precisa ser criado por um dos vereadores, aprovado em plenário e sancionado pelo Executivo.

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