Três homens foram presos em flagrante nesta quinta-feira (1), ao tentarem levar para o Pemano de Tremembé drogas e aparelhos de telefone celular.

Os chamados "ninjas" são contratados por detentos e facções criminosas para arremessar materiais ilícitos para unidades prisionais, o Pemano de Tremembé,  Edgar Magalhães Noronha, é alvo constante dos marginais.

Os três homens foram flagrados após um trabalho de inteligência feito pela DEIC (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté. Os suspeitos estavam nos fundos da unidade em um matagal quando surpreendidos.

Os policiais apreenderam celulares, carregadores, 500 gramas de cocaína além de  R$ 1.067, que segundo os homens era parte do pagamento pelo serviço frustrado pela polícia.

No último mês, um detento foi resgatado por criminosos armados. O homem que cumpria pena no semiaberto pulou as grades da unidade e fugiu em um veículo de passeio.

Raio-X

Nos últimos meses as cidades de Taubaté e Tremembé registraram alta no número de ocorrências policiais sobre a tentativa de arremesso de drogas e aparelhos de telefone celular para unidades prisionais.

De acordo com informações obtidas pelo jornalismo do grupo Band, grande parte ou em sua totalidade, estes "funcionários" do crime são pagos pelo PCC Primeiro Comando da Capital, maior facção criminosa de SP que já atua em outros Países.

Ainda segundo apurado pela reportagem, o Pemano é área de interesse da facção pela localização, por ser uma unidade semi-aberto e por concentrar um grande número de detentos, o que tese gera "lucros" para facção.

Cercado por mato, com número de reduzido de agentes de segurança, a unidade se tornou alvo fácil dos enviados pelo PCC. Durante as inúmeras tentativas de arremesso de materiais para área interna do presídio, tiros foram disparados contra os agentes penitenciários. Ninguém se feriu.

Em 2020, a fragilidade do Pemano ficou exposta após uma rebelião em que mais de 200 conseguiram fugir. Ainda no ano anterior, mais de 100 quilos de entorpecentes e milhares e aparelhos de celular foram apreendidos pela Polícia. Todo material seria entregue à detentos do Edgar Magalhães Noronha.

A unidade abriga atualmente cerca de 2691 reeducandos, que são monitorados por grupo de 6 servidores. A categoria questiona a falta de funcionários.