MPT faz proposta para a Caoa Chery após demissões na planta de Jacareí

Pedido é de que empresa pague aos mais de 400 funcionários demitidos uma indenização individual

Redação Band Vale

MPT faz proposta para a Caoa Chery após demissões na planta de Jacareí Roosevelt Cássio/ Sindicato dos Metalúrgicos
MPT faz proposta para a Caoa Chery após demissões na planta de Jacareí
Roosevelt Cássio/ Sindicato dos Metalúrgicos

O MPT (Ministério Público do Trabalho) fez uma proposta para a Caoa Chery após a audiência de mediação entre o sindicato e a empresa nesta sexta-feira (20), em Jacareí.

O MP sugere que a Caoa pague aos mais de 400 funcionários demitidos uma indenização individual de 20 a 15 salários. A proposta também inclui a manutenção de planos de saúde, odontológicos e vale refeição por 18 meses.

Além disso, a proposta também inclui o compromisso de priorizar a contratação dos trabalhadores desligados quando houver início a produção de carros elétricos na fábrica, prevista para o ano que vem. 

A proposta será discutida com a diretoria da empresa e uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda-feira (23), às 15h.

Histórico 

Segundo informado pela empresa, a planta de Jacareí será provisoriamente fechada, resultando no desligamento dos trabalhadores que atualmente se ativam na linha de produção, com o objetivo de planejar um reposicionamento de mercado. A intenção da Caoa é reabrir a fábrica em meados de 2023, com foco na manufatura de carros elétricos.

Um acordo chegou a ser proposto pelo sindicato, de manter os empregados em sistema de lay-off, mas a empresa declinou dias depois. Na audiência, os representantes da Caoa afirmaram ao MPT que a concessão de lay-off esbarra em um “impedimento jurídico”, e que anuir a tal proposta representaria uma “fraude ao governo”.

Sindicato na Câmara de Jacareí

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região se reuniram com vereadores de Jacareí, na noite da última terça-feira (17) e pediram medidas concretas à Câmara para impedir que a Caoa Chery feche sua fábrica no município.

O sindicato pediu que o Legislativo interfira nos planos da montadora, exija o cumprimento do acordo e mantenha a continuidade das negociações com os trabalhadores. O grupo apontou aos vereadores que a montadora teria quebrado um acordo, registrado em ata em 10 de maio.

De acordo com o sindicato, para que hajam medidas efetivas contra a saída da montadora, é necessária a apresentação e aprovação de um projeto de lei que proíba a saída da Caoa Chery, indicando que a indústria automotiva seria de interesse estratégico para o desenvolvimento regional. 

O projeto precisa ser criado por um dos vereadores, aprovado em plenário e sancionado pelo Executivo.

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