O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho foi transferido na madrugada deste sábado (11) para Penitenciária 2 de Tremembé. O local é conhecido como “Presídio dos famosos” por abrigar presos em casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho e Cristian Cravinhos - preso pelo assassinato do casal Richthofem.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Fernando Sastre, motorista do Porsche acusado de provocar um acidente que matou um homem e feriu seu amigo a mais de 100 Km/h, deu entrada na P2 ás 0h45.
De acordo com os procedimentos da unidade prisional, Sastre foi colocado sozinho em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde passará o período de inclusão. Depois de dez dias ele deve ter contato com os outros detentos da unidade.
O motorista da Porsche estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos desde terça-feira (7). Sua transferência já havia sido autorizada durante a semana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o habeas corpus para o réu e concordou que ele vá para um presídio mais seguro. A P2 foi sugestão dos advogados do motorista.
Em Guarulhos, Fernando foi fotografado e fichado.
O caso
Fernando Sastre foi preso na segunda-feira (6) ao se entregar à polícia, após a decretação da prisão dele pela Justiça. Antes ficou três dias foragido sendo procurado. Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).
Segundo o laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. O acidente ocorreu no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé.
Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que o abordaram.
Caso condenado, Fernando poderá pegar mais de 20 anos de prisão.