Desde segunda-feira (04), o Ministério da Saúde iniciou uma alteração no esquema de vacinação contra a poliomielite, substituindo as duas doses de reforço da VOPb (Vacina Oral Poliomielite Bivalente) por uma dose injetável da VIP (Vacina Inativada Poliomielite). Com essa mudança, o esquema vacinal passa a ser totalmente baseado na VIP, visando aumentar a eficácia e segurança da imunização.
Anteriormente, o esquema incluía três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguidas por dois reforços da VOP, administrados em gotas aos 15 meses e 4 anos. Agora, as crianças receberão apenas doses injetáveis, nas seguintes etapas:
- Primeira dose aos 2 meses;
- Segunda dose aos 4 meses;
- Terceira dose aos 6 meses;
- Reforço aos 15 meses.
Poliomielite: riscos e prevenção
A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos. A transmissão ocorre pelo contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas. Em casos graves, o vírus pode causar paralisia, principalmente nos membros inferiores, levando a sequelas como problemas articulares, pés tortos e atrofia muscular.
Apesar de não haver circulação do poliovírus selvagem no Brasil desde 1990, a poliomielite ainda permanece endêmica em alguns países, como Afeganistão e Paquistão. A vacinação é fundamental para manter o Brasil livre da doença.
Cobertura vacinal aumenta no Brasil
Em 2023, o Brasil apresentou um aumento na cobertura vacinal contra a poliomielite. Das 2.423.597 crianças nascidas vivas, apenas 6,3% (152.521) ficaram sem a primeira dose da vacina, uma melhora em comparação com 2022, quando 9,5% (243.008) estavam sem imunização.