Metalúrgicos da GM aprovam Plano de Demissão Voluntária na planta de São José

PDV é alternativa às demissões realizadas em outubro pela GM e que foram canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho

Redação Band Vale

Metalúrgicos da GM aprovam Plano de Demissão Voluntária na planta de São José
Fachada da General Motors, em São José dos Campos
Reprodução/Sindicato

Funcionários da General Motors (GM) de São José dos Campos aprovaram, na manhã desta sexta-feira (1), a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) na fábrica. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

De acordo com a entidade, a meta da montadora é a adesão de 830 trabalhadores. O programa é aberto a todos que estão operando regularmente na fábrica ou que estejam em licença remunerada.

O PDV é uma alternativa às demissões realizadas em outubro pela GM e que foram canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª. Região e Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A planta de São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

A proposta definida em assembleia estabelece:

  • Para trabalhadores que tenham de um a seis anos de fábrica: seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil;
  • Para trabalhadores que tenham sete anos ou mais de fábrica: cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil;
  • Período de adesão: de 5 a 12 de dezembro;
  • Para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica: retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada;
  • Para quem não aderir: estabilidade no emprego até 31 de maio de 2024;
  • Em relação aos dias parados durante a greve: a proposta prevê a compensação de 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção.

Demissões

Em outubro, a GM demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes.

Na ocasião, a GM disse que a queda nas vendas e nas exportações levaram à adequação de seu quadro de empregados

Os cortes resultaram na em uma greve unificada de 17 dias entre os metalúrgicos das três fábricas.

A paralisação só foi suspensa após o cancelamento das demissões e o pagamento dos dias parados.

A reportagem solicitou um novo posicionamento à GM e aguarda retorno.

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