"Loira do Banheiro": Conheça história que teve início no interior de São Paulo

Maria Augusta, uma jovem de vida breve e envolta em mistérios, é a personagem central da história, que teve início em Guaratinguetá

Redação Band Vale

A lenda urbana da "Loira do Banheiro" fascina e assusta há gerações, com relatos que se espalharam por todo o Brasil. O que poucos sabem é que essa história fantasmagórica pode ter suas origens em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, região localizada no interior de São Paulo, onde uma figura real inspirou parte do mito. A personagem central? Maria Augusta, uma jovem de vida breve e envolta em mistérios.

A história de Maria Augusta: Uma vida marcada por tragédias e misticismo

Nascida em 1864, Maria Augusta viveu intensamente até falecer jovem, aos 26 anos, em 1891. Aos 14 anos, foi obrigada a se casar com o importante Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues, que ocupava o cargo de Presidente da Província de São Paulo, equivalente hoje a governador. Insatisfeita com o matrimônio, Maria Augusta fugiu, levando suas joias e, por um tempo, viveu na França. De volta ao Brasil, sua relação foi formalmente anulada, e, após um breve romance com o Visconde de Figueiredo, retornou à Europa, onde terminou seus dias de forma trágica e precoce.

 Corpo velado em Guaratinguetá (SP)

Após seu falecimento, o corpo de Maria Augusta foi embalsamado e enviado ao Brasil, onde a mãe dela, Viscondessa de Guaratinguetá, decidiu manter o corpo velado em uma alcova sem janelas, recusando o sepultamento por meses. Em certa noite, a mãe relatou ter visto a filha em sonho, pedindo para ser sepultada, o que acabou sendo realizado em uma capela no Cemitério do Senhor dos Passos, em Guaratinguetá.

A lenda da "Loira do Banheiro"

A casa onde o corpo foi mantido se transformou, mais tarde, em uma escola pública, o que coincidiu com o surgimento dos primeiros relatos sobre a "Loira do Banheiro". Os detalhes de sua história — a morte precoce, o corpo preservado e a visão fantasmagórica da mãe — se uniram à imaginação popular, criando uma narrativa que ressoou com a lenda urbana que conhecemos hoje. Contada por gerações, essa história alimenta o mistério de Maria Augusta, cuja memória ficou marcada na história do Vale do Paraíba e continua viva na cultura local.

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