A paralisação de montadoras na RMVale vai interromper a produção e reduzir a jornada dos funcionários. Com os trabalhos parados nas fabricantes de veículos, as indústrias de autopeças da região são diretamente afetadas, já que não haverá compra de insumos nas próximas semanas, período em que diversas montadoras estarão em férias coletivas.
“O mercado até dois anos e meio vendia 70% a vista. Agora, está vendendo 30% a prazo, o que significa que esse consumidor desapareceu e está indo para o mercado de usados com mais de 10 anos”, afirma Márcio Lima Leite – presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
São José dos Campos
Pressionada pela paralisação dos metalúrgicos, ocorrida na manhã de terça-feira (07/03), a General Motors aceitou interromper as demissões na fábrica de São José dos Campos. A proposta de acordo, aprovada à tarde em assembleia, aconteceu após três horas de negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) informou nesta quinta-feira (23), que das três maiores fábricas de autopeças da cidade, duas iniciaram um período de férias coletivas aos funcionários.
Segundo o Sindicato, a redução na produção foi motivada em reflexo às férias coletivas adotadas pela Hyundai.
TI Automotive:
férias coletivas: do dia 20 ao dia 31 de março
número de funcionários afetados: 90 (total de 350 funcionários)
Parker Hannifin:
férias coletivas: do dia 20 ao dia 31 de março
número de funcionários afetados: 100 (total de 300 funcionários)
Expectativa
O economista César Bergoli afirma que não sabe se o Governo, diante do quadro atual, vai ser sensível as demandas do setor. “É importante dialogar, colocar as dificuldades e se privilegiar um setor vai ter que privilegiar o outro”.