A Justiça negou o pedido de Suzane von Richthofen para diminuir a frequência de suas sessões de terapia. Desde que entrou em regime aberto em janeiro de 2023, Suzane tem acompanhamento semanal com psicólogos e mensal com psiquiatra, condições necessárias para manter o regime.
Embora o crime cometido por Suzane seja grave, a reeducanda tem demonstrado interesse na reinserção social, apresentando gerenciamento positivo em aspectos pessoais, como cuidados maternos e rotina de estudos, além de não mostrar alterações psicopatológicas. Esses fatores são considerados fruto do trabalho realizado pela Secretaria de Saúde no caso.
O desembargador relator, José Damião Pinheiro Machado Cogan, afirmou que a média de atendimento satisfatório é de duas vezes por semana, tanto na psicologia quanto na psiquiatria. Ele observou que Suzane é atendida pelo CAPS II de Bragança Paulista, com acompanhamento semanal de duas psicólogas e mensal de um psiquiatra.
Diante disso, o pedido foi indeferido, com a recomendação de reavaliação pelo juízo das execuções a cada seis meses. A decisão destaca a importância da manutenção das condições e períodos de atendimento psicológico e psiquiátrico já estabelecidos.
Caso Richthofen
O caso Richthofen envolve o assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen, pais de Suzane, ocorrido em 31 de outubro de 2002, em São Paulo. Suzane, então com 19 anos, planejou o crime com seu namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian Cravinhos. Os pais foram agredidos e mortos em casa, com a tentativa de simular um assalto. Em 2006, Suzane foi condenada a 39 anos de prisão.
Em janeiro de 2023, ela passou para o regime aberto. Sua situação atual envolve acompanhamento psicológico, necessário para manter o regime.