Justiça condena 11 réus da Operação Khalifa a mais de 220 anos de prisão

Operação, conduzida pelo GAECO e pela PM, teve São José dos Campos como uma das cidades onde foram cumpridos mandados de busca e prisão

Redação Band Vale

Operação Khalifa foi deflagrada no dia 7 de abril de 2024
Divulgação/ MPSP

A Justiça de primeiro grau condenou 11 réus em duas ações penais relacionadas à Operação Khalifa, deflagrada em abril de 2024. As penas aplicadas somam mais de 220 anos de reclusão. A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Polícia Militar, teve São José dos Campos como uma das cidades onde foram cumpridos mandados de busca e prisão.

Os réus faziam parte de uma organização criminosa ligada ao PCC, que atuava com agiotagem, aplicando juros abusivos de até 300% ao mês em empréstimos realizados a comerciantes. Quando os devedores não conseguiam pagar, eram ameaçados e, em alguns casos, submetidos ao "Tribunal do Crime".

Entre os condenados estão dois advogados que aderiram às atividades da facção criminosa. Os crimes que resultaram nas condenações incluem organização criminosa, extorsão qualificada e usura.

Sobre a operação

A Operação Khalifa foi deflagrada no dia 7 de abril de 2024, com a execução de 17 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão temporária em diversas cidades, incluindo São José dos Campos, São Paulo, Mogi das Cruzes, Arujá, Suzano, Poá e Santa Isabel. Na região, a ação desarticulou parte da estrutura criminosa que explorava a agiotagem, impactando diretamente na segurança e economia local.

O nome da operação faz referência ao edifício Burj Khalifa, em Dubai, em alusão ao padrão de ostentação demonstrado pelos investigados em redes sociais, com registros de viagens internacionais financiadas pelas práticas ilícitas.

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