Médico acusado de mandar matar ex-mulher a tiros em São josé é preso

Gustavo já havia sido condenado pelo crime no ano passado, mas estava em liberdade provisória

Médico acusado de mandar matar ex-mulher a tiros em São josé é preso
Jaqueline foi morta a tiros na loja em que trabalhava
Reprodução

A polícia prendeu neste sábado (12), em Pouso Alegre (MG), o médico Gustavo André da Costa, condenado pela morte de sua ex-mulher, a vendedora Jaqueline Barros, em 2017, em São José dos Campos. 

Também foi presa a namorada do médico, Camila Faria Minamissawa, que também teria participação no crime. O casal estava em liberdade provisória, mas nesta sexta-feira (11), a Justiça decidiu pelo cumprimento imediato da pena dos dois, que foram julgados em setembro do ano pasado. 

Na decisão, o juiz da Vara do Júri de São José dos Campos, Dr. Milton de Oliveira Sampaio Neto, decidiu pela execução imediata da pena, seguindo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o artigo 492 do Código de Processo Penal, que permite a execução da sentença para crimes dolosos contra a vida, como homicídio.

Gustavo André Costa foi condenado a 32 anos de prisão após julgamento que ocorreu no dia 13 de setembro de 2023 no Fórum de São José dos Campos e sua namorada, Camila, a 20 anos. 

Contudo, uma decisão do TJ concedeu liberdade provisória as dois, alegando que ambos poderiam permanecer em liberdade até que os recursos de defesa fossem esgotados no processo. A nova resolução do STF permitiu que a prisão fosse feita neste sábado.


O crime

No dia 8 de maio de 2017, um homem entrou na loja onde Jaqueline trabalhava, sob a fachada de um cliente comum. Ele se aproximou e disparou três tiros, sendo que dois deles atingiram fatalmente o rosto da vítima. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

O atirador e a companheira foram identificados graças a uma câmera de segurança próxima à cena do crime. Eles foram presos três meses após o homicídio e, durante os interrogatórios policiais, confessaram que o assassinato foi encomendado por Gustavo, pelo valor de R$ 7 mil.

Posteriormente, a arma utilizada no crime foi encontrada no telhado da casa de Gustavo, o que levou à sua prisão cerca de uma semana depois. No entanto, ele foi posto em liberdade um mês após a prisão inicial e tem desde então interposto recursos na Justiça em tentativa de evitar o julgamento.

A investigação da polícia revelou que o motivo por trás do ato foi uma disputa judicial no processo de divórcio entre Jaqueline e Gustavo. Jaqueline dependia financeiramente do ex-marido e havia conseguido uma pensão alimentícia. A dívida de Gustavo com a vítima totalizava R$ 30 mil.

A participação do ex-marido de Jaqueline e de sua companheira foi confirmada pela polícia após a descoberta da arma do crime no telhado da casa do casal em São José dos Campos. Outro indício foi um comprovante de depósito bancário feito da conta de Gustavo para a conta da avó de uma das suspeitas.

No dia do assassinato, o ex-marido de Jaqueline foi baleado horas após o crime. Ele relatou às autoridades policiais que reagiu a uma tentativa de assalto e foi ferido pelos criminosos.

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