O governo de São Paulo se mostrou irredutível em uma reunião com prefeitos e manteve o Vale do Paraíba na fase vermelha do Plano São Paulo. Os representantes do estado acreditam que a região pode enfrentar a mesma situação de outras partes do estado em duas semanas.

“Há uma desconfiança de que daqui a 10 dias, daqui a 15 dias o Vale estará na mesma situação de outras regiões. Nós não estamos convencidos disso ainda até porque já tivemos uma fase muito mais aguda em Janeiro”, palavras de Izaias Santana, presidente da Codivap (Associação dos Municípios do Vale do Paraíba), que presidiu encontro virtual nesta segunda, 8, entre os prefeitos da Associação e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Na reunião, os prefeitos e secretários de saúde mais uma vez pediram que a região fosse enquadrada em outra fase do Plano São Paulo com base nos últimos números apresentados. O pleito deles, no entanto, não foi atendido como relata o prefeito de Jacareí e presidente da associação, Izaias Santana.

“Se nós mantivermos os mesmos índices atuais até a quarta-feira (10/03), não havendo aumento, não havendo pressão sobre a estrutura hospitalar nós teremos argumento suficiente para dizer que estamos com índices estáveis”, frisou o prefeito de Jacareí.  

Na região, os índices de internação estão no limite em Taubaté, que tem ocupação de 97% dos leitos de UTI-Covid. A região, de maneira geral conta com ocupação de 63,4% de leitos de unidade de terapia intensiva ocupados.

No domingo, 7, o governo anunciou que 11 hospitais de campanha seriam abertos no interior e na capital, mas nenhum na região metropolitana do Vale.

A reportagem da Band Vale FM questionou a secretaria de estado da saúde se não era uma incoerência classificar a região na fase vermelha, mas não abrir novos leitos no Vale, Litoral e Serra e também perguntamos várias vezes se há planos neste momento para a criação de um hospital de campanha na região como medida de profilaxia e para evitar o colapso do sistema de saúde da região em face do que é visto em outras partes do estado.

A resposta do estado foi que a “rede (hospital) supre a demanda através do CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) e que qualquer novidade será posicionada em entrevista coletiva”.