Funcionários da Caoa Chery e MWL realizam passeata até Consulado da China

Metalúrgicos lutam pelo cancelamento da demissão em massa anunciada pela montadora

Redação Band Vale

Trabalhadores da Caoa Chery e MWL durante protestos
Divulgação/ Sindicato dos Metalúrgicos

Os Trabalhadores da Caoa Chery e da MWL realizaram na manhã desta quinta-feira (26) um protesto em frente ao Masp (Museu de arte de São Paulo), em São Paulo.

Organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os trabalhadores da Caoa Chery, de Jacareí, sairão em passeata até o Consulado da China. Os metalúrgicos da MWL em Caçapava também estão no movimento.

Os funcionários lutam pelo cancelamento da demissão em massa anunciada pela montadora e contra o fechamento da fábrica. A montadora enviou telegramas para os trabalhadores nesta quarta-feira (25), comunicando que os contratos estão rescindidos. 

A Caoa Chery informou que não vai se pronunciar a respeito do protesto. O Jornalismo da Band entrou em contato com a MWL e aguarda um posicionamento.

Demissões Caoa Chery

Segundo informado pela empresa, a planta de Jacareí será provisoriamente fechada, resultando no desligamento dos trabalhadores que atualmente se ativam na linha de produção, com o objetivo de planejar um reposicionamento de mercado. A intenção da Caoa é reabrir a fábrica em meados de 2023, com foco na manufatura de carros elétricos.

Uma audiência de mediação foi realizada na tarde da última segunda-feira (23) entre a Caoa Chery e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, mas terminou sem acordos entre as partes.

Nesta quarta-feira (25), a Caoa Chery iniciou a demissão em massa na fábrica. Em nota, a empresa informa que, após diversas reuniões realizadas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, não foi possível obter êxito nas negociações. Mesmo após as propostas apresentadas pela empresa, o Sindicato insiste na adoção de um lay-off.

A Caoa Chery também esclarece que, no momento que atravessa, não pode se valer de tal recurso, pois a restruturação do estabelecimento e maquinário, demandarão longo espaço de tempo, provavelmente mais do que dois anos.

Greve MWL

Os trabalhadores da empresa MWL, em Caçapava, decidiram manter greve contra os atrasos nos salários por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada em assembleia realizada no dia 9 de maio, entre os metalúrgicos.

A paralisação, que começou no dia 6 de maio, vai ser mantida até que a fábrica apresente uma solução para o problema. 

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a MWL está com seu faturamento bloqueado em razão de uma dívida milionária com aluguéis. No dia 10 de maio, a 1ª Vara Cível de Caçapava homologou o plano de recuperação judicial da empresa. 

Com isso, as dívidas anteriores a 2020 têm de ser pagas conforme previsto no plano apresentado à Justiça. A MWL produz rodas e eixos para trens e tem cerca de 240 trabalhadores.

O Sindicato dos Metalúrgicos acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, para mediar as negociações com a empresa.

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