
O fotógrafo e pesquisador Rafael Mesquita registrou uma "maré vermelha" no mar de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo. Veja vídeo:
Mesquita publicou as imagens nas redes sociais nesta terça-feira (25). Segundo ele, esse fenômeno acontece quando há proliferação excessiva de algas marinhas que formam extensas manchas na superfície do mar. Isso também pode acontecer por conta de alguns processos ambientais.
Essa não é a primeira vez que tenho encontrado maré vermelha na região e, de acordo com análises laboratoriais, a última proliferação registrada no litoral era composta do micro-organismo ‘mesodinium rubrum’, que não é considerado tóxico, porém, pode favorecer o desenvolvimento de algas tóxicas, que são consumidas por peixes e mexilhões e que, por sua vez, são ingeridos pelas pessoa - publicou o pesquisador.
Esse fenômeno pode ser observado na forma de manchas de cor avermelhada, alaranjada, amarelada, marrom ou roxa. A maior consequência é a redução do oxigênio na água que causa a morte de peixes e pode trazer riscos à saúde humana.
O grupo de trabalho do governo paulista, integrado pelas Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Agricultura e Abastecimento e Saúde, acompanha as florações de microalgas no litoral paulista e se reuniu nesta quarta-feira (26) para estabelecer os procedimentos para coleta e análise do tipo de microorganismo que está presente no litoral norte, próximo à Ilhabela.
Nos próximos dias, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento realiza coleta de água e carne para analisar as condições dos cultivos de moluscos bivalves cadastrados. A recomendação é para que a população evite nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita, já que algumas pessoas podem apresentar coceiras e irritação na pele.
O fenômeno é recorrente e, em fevereiro, ocorreu na costa de São Sebastião e Ubatuba. Na oportunidade, tratou-se da espécie ‘mesodinium rubrum’, que não é considerada tóxica.