Facção teria ordenado morte de Lessa na P1 em Tremembé (SP), diz sindicato

Sifuspesp enviou ofícios a diversas autoridades solicitando a reavaliação da transferência do ex-policial militar

Redação Band Vale

Ronnie Lessa chega em penitenciária de segurança máxima em Tremembé (SP)
Caroline Corrêa/ TV Band Vale

Uma facção criminosa já teria ordenado a morte do ex-policial militar Ronnie Lessa, que chegou à Penitenciária 1 "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra" em Tremembé, São Paulo, na tarde desta quinta-feira (20), após ser transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande. 

A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), que enviou ofícios a diversas autoridades, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o Secretário de Administração Penitenciária, Marcelo Streinfinger, solicitando a reavaliação da transferência de Ronnie Lessa para a Penitenciária 1 de Tremembé.

O pedido do sindicato baseia-se em denúncias recebidas que indicam um risco iminente de segurança tanto para Lessa quanto para os policiais penais e demais servidores da unidade. Segundo informações recebidas pelo Sifuspesp por e-mail, uma facção teria ordenado a execução de Lessa. A denúncia também menciona que o líder dessa facção na unidade solicitou sua transferência.

O Sifuspesp alerta para o clima tenso na Penitenciária 1 de Tremembé, com relatos de uma possível escalada de violência e até mesmo uma rebelião em potencial. Este cenário é atribuído à ligação de Lessa com a milícia e ao fato de ser ex-policial militar, o que o torna um alvo da facção dentro da prisão.

Além das questões de segurança, o sindicato aponta a falta de policiais penais como um fator que fragiliza ainda mais a segurança interna da unidade, colocando todos os envolvidos em risco. 

Rotina de Ronnie Lessa na prisão

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Lessa permanecerá em regime de observação pelos próximos 20 dias. Nesse período, ele ficará em uma cela de 9 m², onde será monitorado de perto para avaliar seu comportamento e garantir a segurança dentro da unidade. Este regime é um procedimento padrão para novos detentos em presídios de segurança máxima, permitindo uma adaptação gradual ao ambiente carcerário.

(Caroline Corrêa/ TV Band Vale)

Transferência para Tremembé (SP)

A transferência de Lessa foi realizada com um esquema de segurança rigoroso. Escoltado por viaturas da Polícia Penal Federal, ele deixou Campo Grande em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB) às 9h47 da manhã, chegando à penitenciária de Tremembé por volta das 13h45.

A mudança para Tremembé foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da defesa de Lessa. Este período inicial de observação é crucial para garantir que todas as medidas de segurança sejam adequadamente implementadas, assegurando a ordem e a disciplina no presídio.

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