A Eve Air Mobility, empresa ligada à Embraer, anunciou na manhã desta terça-feira (15), a assinatura de um contrato de financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) para o desenvolvimento e instalação da fábrica de “carros voadores” em Taubaté (SP).
O financiamento para a instalação da fábrica representa um progresso na parceria entre Eve e BNDES, iniciada com a aprovação de uma linha de crédito de R$ 490 milhões em 2022 para apoiar o programa de desenvolvimento do eVTOL da Eve.
Com uma produção total esperada para até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.
O que são os novos "carros voadores" produzidos pela Embraer
A Embraer anunciou que irá realizar a primeira simulação dos novos “carros voadores” produzidos pela empresa, em Chicago. Os voos foram colocados à venda no aplicativo e site da Blade, a partir de US$ 150.
O anuncio despertou a curiosidade dos amantes das novas tecnologias. Os “eVTOLs” são veículos elétricos de decolagem e pouso vertical. Além de não emitir CO2, as novas aeronaves são mais silenciosas e mais baratas para operar quando comparadas com um helicóptero, além de serem teoricamente mais seguras.
No evento realizado no Reino Unido, a “Farnborough Airshow”, a Embraer, com a Eve, revelou o primeiro mock-up da cabine do eVTOL. A Eve também compartilhou sua mais recente configuração do veículo como parte da fase atual de design.
“Este mock-up materializa de forma brilhante o conceito de cabine que cocriamos com potenciais usuários há anos. Recentemente, recebemos pareceres de nosso conselho consultivo e agora poderemos mostrá-lo a outros públicos de interesse no Farnborough Airshow. Nossas soluções foram pensadas considerando necessidades essenciais do mercado, como acessibilidade, segurança, sustentabilidade e preço da passagem. É sempre gratificante quando alcançamos essa etapa do programa,” disse Flavia Ciaccia, Vice-Presidente de Experiência do Usuário da Eve.
Funcionamento
Oito rotores são fixados ao redor da asa, proporcionando capacidade de decolagem e pouso verticais, bem como segurança e confiabilidade em um design simples e intuitivo de elevação e cruzeiro (Lift plus Cruise, em inglês).
O eVTOL lift & cruise da Eve é 100% elétrico e o design mais prático para eficiência e certificabilidade. Seus motores são movidos para decolar e, os motores usados ??em altitude, uma aeronave para frente e uma aeronave usados.
A empresa prevê que mais de 200 veículos devem operar até 2035, com viagens com distância entre 16 e 48 quilômetros, de 7 a 17 minutos de duração. A viagem será realizada para 4 passageiros e o piloto.
Quando estará disponível
A Eve tem se dedicado a promover o mercado de UAM em todo o mundo, com o compromisso de fazê-lo de forma segura e acessível para todos. O eVTOL da Companhia oferecerá voos sustentáveis a um menor custo e deve entrar em operação em 2026.
“Nossas equipes têm trabalhado arduamente para criar as melhores soluções para o ambiente global de mobilidade aérea urbana. Nossa experiência em aviação através da Embraer não apenas nos dá confiança de que estamos no caminho certo, mas também nos coloca na vanguarda do mercado. Estamos acelerando nosso engajamento com investidores e evoluindo na maturidade do projeto”, afirma André Stein, co-CEO da Eve.
Simulação
A simulação da operação do eVTOL permitirá estudar como as pessoas irão vivenciar este serviço e entender todos os requisitos do ecossistema para os produtos, ao mesmo tempo que apresentará o benefício da mobilidade aérea urbana em uma das cidades mais importantes e populosas da América do Norte.
Para a simulação, a Eve usará helicóptero fornecido pela Blade Air Mobility, Inc. Durante esses testes são verificados tempo de rota, variações no clima, tráfego aéreo.
Além disso, a experiência do cliente também é avaliada, assim como a integração com outros modais de transporte, embarque e desembarque, compra de passagem, preço, etc.
Após a simulação, a cidade de Chicago obterá conhecimento sobre a infraestrutura e o ecossistema necessários para permitir o lançamento e o crescimento de longo prazo esperado para a UAM na região.