Empresa de Renato Cariani, investigada pela PF, tem filial em Pindamonhangaba

Empresa Anidrol é investigada por desviar produtos químicos utilizados na produção de drogas; entenda

Por Matheus Agostinho

Empresa de Renato Cariani, investigada pela PF, tem filial em Pindamonhangaba
Renato Cariani, um dos principais influenciadores fitness do Brasil, é investigado pela PF
Reprodução/Redes sociais

Nesta terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o tráfico de drogas e o desvio de produtos químicos utilizados na produção de crack. O principal foco da ação é a empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, que tem como sócio o influenciador fitness Renato Cariani, conhecido por possuir mais de 7 milhões de seguidores nas redes sociais.

Além da sede em Diadema, a empresa investigada possui uma filial em Pindamonhangaba, no Interior de São Paulo, inaugurada em julho deste ano. No total, 18 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e no Paraná.

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Fábrica de Renato Cariani em Pindamonhangaba-SP (Imagem/ Rodrigo Reis)

As investigações apontaram que o esquema envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para a venda de produtos químicos em São Paulo. Utilizando indivíduos como "laranjas", a organização criminosa realizava depósitos em espécie, simulando a transação como se fossem funcionários de grandes multinacionais, os quais foram vítimas e apareciam como compradores.

O resultado das investigações revelou cerca de 60 transações dissimuladas relacionadas à atuação desta organização criminosa, totalizando aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos, incluindo fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Essa quantidade equivale a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo. As autoridades continuam a investigação para apurar todos os detalhes e responsabilidades no caso.

O que diz Renato Cariani

O empresário e influenciador fitness Renato Cariani se pronunciou, na tarde desta terça-feira (12), sobre a operação da Polícia Federal (PF) que culminou no cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dela e na empresa a qual é sócio, a Anidrol.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Cariani foi surpreendido com a operação e que ainda não teve acesso ao inquérito, já que, segundo o influencer, corre em segredo de justiça. Na gravação, o suspeito diz que outras empresas e sócios da Anidrol são alvos da mesma investigação.

“Pela manhã, fui surpreendido com o cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas, estão sendo investigadas num processo que eu não sei porque ele corre em segredo de justiça. Eu sofri busca e apreensão porque sou um dos sócios. Então, todos os sócios, sofreram busca e apreensão”, disse o empresário.

Em outro momento do vídeo, Cariani reforça que a empresa investigada é sólida e cumpre todas as exigências legais, além de possuir certificações nacionais e internacionais.

“É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa. É quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais. É uma empresa que trabalha totalmente regulada. Para mim, para minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa, como foi para você também”, considerou Cariani.

Quem é Renato Cariani

O fisiculturista ultrapassa 7 milhões de seguidores somente no Instagram, além de ser sócio da maior fabricante de suplementos da América Latina. Além da Anidrol, o empresário é sócio da Supley, fabricante de suplemento que faturou R$ 830 milhões em 2022. Com sede na cidade de Matão (SP), o laboratório produz para a Max Titanium e Probiótica.

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