Uma pesquisa feita pelo Sebrae em 2023 apontou que 34% das mulheres no Brasil são empreendedoras. O número de mulheres que abriu seu próprio negócio chegou a 10,11 milhões, atingindo um recorde nacional. É notável o crescimento do empreendedorismo feminino no país e a tendência conquistou mulheres de todas as idades, regiões e segmentos.
Empreender não é uma tarefa fácil, principalmente para as mulheres, quando o machismo ainda é muito presente no mundo todo. A maioria dos exemplos de empreendedores que conhecemos através da mídia, são homens. E vai além:
nas empresas convencionais, as mulheres tendem a receber menos do que os homens. Em alguns casos, são demitidas por terem se tornado mães ou por duvidarem de sua capacidade. A falta de incentivo e exemplos, deveriam ser um “impasse” para as mulheres: que nada!
A RME (Rede Mulher Empreendedora) apontou que 55% das mulheres que têm seus próprios negócios, começaram nos últimos 3 anos, por influência da pandemia. Muitas perderam seus empregos ou tiveram as jornadas reduzidas. Isso explica o crescimento significativo na busca pelo empreendedorismo feminino.
Luciane Barreto, tem 41 anos e trabalha como manicure em seu próprio estúdio em São José dos Campos. “Hoje me sinto realizada fazendo o que amo e conseguindo realizar todos os meus sonhos”. Ela acredita que a importância do empreendedorismo feminino vem do preconceito que existe até hoje por ser mulher. “Empreender foi uma maneira que encontramos para mostrar nosso potencial.”
Já Joyce Rodrigues afirma que as dificuldades ao empreender sendo uma mulher podem vir da falta de autoconfiança e de ter que lidar com a maternidade. Joyce tem apenas 22 anos e trabalha com extensão de cílios e estética avançada, também em São José. “Tenho independência para realizar mudanças e controlar minha vida, direcionando da maneira que eu quero e comandando minha própria agenda.”
“O empreendedorismo feminino transforma relações sociais, e se torna uma forma de alcançar sua autonomia, sem depender de terceiros.” conclui ela.
Para o público feminino, a crescente do número de mulheres nesse segmento é uma conquista para a luta das mulheres contra a desigualdade de gênero.
Por Júlia Maganin
Estagiária* - projeto sob supervisão de Nelson Gazolla MTb: 74.409/SP
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