Em novo ato, servidores cobram reajuste com reposição em São José dos Campos

Prefeitura cita impossibilidade de reposição inflacionária; 400 pessoas protestaram

Por Leandro Oliveira

Servidores de São José dos Campos cobram reposição de perdas salariais
Edezio Rodrigues/Reprodução

Servidores municiais de São José dos Campos se manifestaram na manhã desta quinta-feira (24) e cobraram o pagamento do reajuste salarial com reposição inflacionária. 

Cerca de 400 trabalhadores participaram da manifestação, que teve início na frente da Prefeitura e terminou na Praça João Mendes, a Praça do Sapo. 

Os funcionários públicos pedem o gatilho salarial de 21% e são contra a Reforma da Previdência Municipal, encaminhada à Câmara no início deste ano. A manifestação foi pacífica e durou até às 11h30, aproximadamente. 

O SindServ (Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Campos) informou através de nota que as perdas salariais já somam 21% enquanto há disparada da inflação no país. 

Outro lado

O secretário de Apoio Jurídico de São José dos Campos, Guilherme Belini, concedeu entrevista ao jornalista Marvin Pinho, da TV Band Vale. Ele informou que a reposição inflacionária só pode ocorrer quando a inflação chegar aos 5% e esse percentual pode ser atingido no próximo mês.

“A gente acompanha a tabela FIPE, índices de correção de inflação, provavelmente no mês que vem, a gente precisa da consolidação, mas até a segunda, quarta semana,  estava dando 1%, que somado aos 4,3% daria os 5% e isso seria repassado ao servidor”, confirmou o secretário.

Sobre o gatilho, o Belini informou que é uma interpretação de uma lei que nasceu na pandemia e que essa lei trata a forma dos gastos durante a vigência do estado de calamidade da pandemia. “Ela veda que sejam concedidos reajustes. É exatamente isso que a Prefeitura está fazendo”, citou.

Histórico

No último dia 10 de março, os servidores municipais também se manifestaram, na porta da Prefeitura. As reivindicações eram as mesmas da manifestação desta quinta. 

Antes do protesto, a Prefeitura havia obtido liminar do Tribunal de Justiça que impedia a manifestação. O Sindicato recorreu da decisão, manteve o ato e realizou as cobranças ao Executivo.

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