Coworkings se consolidam como alternativa viável para pequenos negócios

Com modelo flexível e colaborativo, espaços compartilhados impulsionam o empreendedorismo fora das capitais

Bandfy

Coworkings se consolidam como alternativa viável para pequenos negócios
Coworkings se consolidam como alternativa viável para pequenos negócios
Divulgação

No Brasil, o número de espaços de coworking cresceu mais de 400% na última década, segundo levantamento da Coworking Brasil, e a tendência ganha cada vez mais força também fora dos grandes centros urbanos. No interior do Rio de Janeiro, por exemplo, o modelo tem se mostrado uma resposta concreta às dificuldades enfrentadas por pequenos empreendedores que buscam infraestrutura adequada sem os altos custos e burocracias tradicionais.

               A proposta dos coworkings — baseada no compartilhamento de espaços e recursos — tem sido fundamental para viabilizar o funcionamento de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos e startups em regiões onde manter um escritório convencional ainda é financeiramente inviável para a maioria. Além da estrutura física, esses espaços oferecem um ambiente de trocas, conexões e oportunidades, fortalecendo o ecossistema local de negócios.

               Um dos exemplos mais expressivos desse movimento no estado é a Labuta Cowork, rede fundada em Macaé, que registrou crescimento de mais de 1300% nos últimos dois anos. De três salas iniciais, passou a operar múltiplas unidades, sendo considerada hoje a maior rede do tipo no interior fluminense.

               “Acreditamos que o empreendedorismo é o motor da economia, e que o acesso a um ambiente profissional não pode ser um privilégio”, afirma o CEO da Labuta, Léo Garcia. A proposta da rede — de oferecer espaços acessíveis, sem exigência de contratos complexos ou investimento inicial — tem atraído desde pequenos empresários até freelancers em busca de um ponto fixo para operar.

               Presentes hoje em três regiões do estado, os coworkings da Labuta ilustram uma movimentação que deve se intensificar nos próximos anos: a descentralização dos negócios e o fortalecimento do interior como ambiente fértil para inovação e geração de renda.

               Com novas unidades previstas para 2025, a expectativa é que a tendência continue a crescer. Dados do setor apontam que, enquanto nas capitais os coworkings tendem a atender empresas de tecnologia e profissionais liberais, no interior a demanda tem vindo, sobretudo, de negócios locais em fase de estruturação — o que evidencia o papel social e econômico desses espaços nas dinâmicas regionais.

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