As buscas pelos pescadores desaparecidos em Ubatuba chegaram ao sexto dia nesta segunda-feira (26). Segundo a última atualização do GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimos), a comunidade pesqueira auxilia pelas buscas.
De acordo com a equipe, há pelo menos 15 embarcações de pesca de camarão espalhados na Baía do Jabaquara - Ilhabela e do Mar Virado - Caraguá/Ubatuba. A comunidade pesqueira está cientes que os pescadores estão desparecidos.
O GBMar informa que a visibilidade é boa e o mar está quase sem corrente marítima. As buscas irão continuar normalmente nesta segunda-feira. Segundo a equipe, a ocorrência só será encerrada com a localização dos Desaparecidos.
Família pede por ajuda
Em vídeo, Vitor Ferreira, filho de Adriano Camargo Ferreira, um dos pescadores desaparecidos, diz que é preciso aumentar o campo de busca no mar, por conta da força do vento. Nos últimos dias, as buscas estão sendo feitas pelo GBMar, Grupamento de Bombeiros Marítimo, com o apoio do grupamento aéreo da Polícia Militar e uma embarcação da Polícia Ambiental.
"Eu sei que amigos, familiares, estão no mar ajudando, pescadores que pescavam junto com meu pai também estão no local, ajudando. Mas venho pedir mais reforço da Marinha, mais atenção da Ambiental, do Águia. Sei que estão ajudando, mas eles com barco maior, motor maior, conseguem ir mais pra fora, que é bem provável que o vento tenha soprado. Na terça-feira, o vento estava soprando sentido Trindade, Rio. O motor de amigos, familiares e pescadores é capacitado pra chegar até um certo limite. Mas com a ajuda da Marinha e do Águia, é mais fácil e tem possibilidade de achar. Dentro das matas, com a Guarda Ambiental, que conhece o mato", disse o filho em vídeo divulgado hoje.
"Não são só duas vidas lá fora, meu pai tinha filha pequena, de três anos de idade, que vai ficar desamparada. Não vai ficar sozinha, mas depende do pai. A gente está desesperado, aqui fora a gente não pode fazer nada, a não ser seguir em oração", completou o filho de Adriano em tom de apelo pelas buscas do pai.
Os pescadores estavam em uma "chatinha", um tipo de embarcação pequeno e com fundo achatado. Segundo a namorada de Adriano, Débora Silva, a única referência é que eles estavam na Ilha da Cabrinha, quando foi visto por um outro pescador, que avisou pessoas próximas. O outro pescador se chama Almendes Alves.
Buscas
Durante as buscas da semana passada, os bombeiros conseguiram encontrar um colete, uma lona, um balde e uma rede que eram dos pescadores.
Moradores relataram que a dupla era caiçara e pescadores experientes, mas no dia resolveram entrar no mar apesar das condições desfavoráveis. Em uma imagem divulgada pelo Grupamento de Bombeiros Marítimo é possível observar o percurso realizado pelas equipes de resgate. O mapa mostra o local onde a rede foi encontrada e a distância até a Ilha Anchieta.
