O futebol é um esporte que encanta muitas pessoas desde a infância, despertando um sonho em muito jovens de seguir com a carreira. Para atingir o profissionalismo, as categorias de base são o principal começo para os iniciantes, com oportunidades de desenvolvimento de acordo com a faixa etária e as habilidades de cada um. A paixão pelo esporte traz também muitos desafios e como em todo início, os jogadores enfrentam uma jornada que exige determinação e resiliência.
A divisão das categorias tem início a partir dos 6 anos de idade, no Sub-7, onde o objetivo é introduzir e apresentar o futebol para os jogadores mirins, com treinos para trabalhar e aprimorar as habilidades motoras. Já no sub-20, os jovens são preparados para competições de nível profissional. Essa categoria é essencial para os treinadores identificarem figuras promissoras e investirem em futuras carreiras no esporte.
Os desafios da área
Para chegar no objetivo de jogar em grandes times e consolidar a carreira, os jogadores passam por pressões e desafios intensos nos treinos. Lucas Ribeiro faz parte da categoria sub 17 do time Atlético Guaratinguetá e conta como é a rotina para atingir o profissionalismo no esporte.
“É uma rotina muito dura e cansativa, mas muito gostosa por estar tentando alcançar meu sonho. Nós enfrentamos desafios diários, muito na parte mental. Precisamos ter a disciplina para seguir os treinamos e saber diferenciar as partes sérias das brincadeiras, desde sempre uma responsabilidade muito forte.”
Além da dedicação no esporte, Lucas explica que precisa conciliar a paixão do campo com os estudos no ensino médio, o que deixa a rotina mais desafiadora.
“Eu treino de tarde e estudo de noite. Preciso de muita disciplina para não perder o foco, tanto na escola quanto no futebol. As duas coisas são importantes e precisam ser levadas a sério.”
A dificuldade de permanência nos times
Muitos jovens no início da carreira não conseguem seguir com o sonho por conta das dificuldades, é o caso do Bruno Cristiano (Brunão), que jogou na categoria de base do Corinthians e precisou encerrar a trajetória. Bruno chegou a jogar como profissional, mas, bem depois de ter que desistir do Corinthians, por causa das dificuldades na época. Hoje, é destaque nos campeonatos amadores de São José dos Campos.
“Eu saía de Jacareí, junto com mais três colegas de Taubaté, nossos pais pagavam um carro para a gente treinar e lá eu permaneci por dois anos. O maior desafio não foi chegar na categoria de base do Corinthians, mas sim permanecer durante dois anos. A minha permanência dos 14 aos 16 anos foi bem conturbada devido as dificuldades, por não ter a condição de ficar lá no alojamento. ”
Bruno explica que o alojamento não era para todos os jogadores, por isso foi complicado manter os gastos nos treinos.
“Lá eles davam esse espaço para garotos que moravam bem mais longe, em regiões mais afastadas do Brasil. Quando a gente morava mais próximo de São Paulo eles não ofereciam essa condição, então foi ficando difícil.”
Para os jovens promissores, a experiência de passar pelas categorias de base de um clube é fundamental para o desempenho na carreira e, atualmente, é importante perceber que existem clubes se movimentando para proporcionar a melhor estrutura possível para os atletas.
Por Eduardo Torres
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