O ex-prefeito de Taubaté, Ortiz Júnior, teve as contas de 2018 recusadas pela Câmara Municipal em sessão extraordinária, que aconteceu nesta segunda-feira (28). A informação é do repórter Jesse Nascimento, da Band Vale FM.

Votaram pela rejeição das contas 13 vereadores, que era número mínimo necessário (representa dois terços do plenário, que tem 19 cadeiras) para barrar as contas.

A reprovação das contas pode deixar o tucano inelegível para as próximas eleições, uma vez que se enquadraria na lei da “ficha limpa”.

Em contato exclusivo com a reportagem da Band Vale FM, o ex-prefeito disse que não há justificativa para a rejeição das contas, uma vez que as mesmas foram aprovadas pelo Tribunal de contas da União.

É importante fixar que o Tribunal de Contas do Estado, que é um órgão técnico que julga as contas das prefeituras aprovou as contas do ano de 2018 por unanimidade e a classificação dessas contas no tribunal foi nota B. 

“O tribunal classifica as contas de gestão de governos e a nossa classificação foi boa, foi nota B. Aliás, pouquíssimos municípios tiveram boa classificação no ano de 2018. As contas de 2018 não tiveram nenhum apontamento por parte dos conselheiros do Tribunal que levasse a rejeição”, explicou o ex-prefeito.

O ex-prefeito não tem dúvidas de que a decisão foi política para deixá-lo fora do cenário político em 2022.

“Esse é um voto político. É um voto que tenta me tirar da disputa das próximas eleições, o meu direito de disputar eleições no futuro, o meu direito de concorrer e disputar se é avaliado pela população pelo voto. É uma tentativa de tapetão muito feia. Já vivi um pouco isso em 2016 com aquela representação do PT. Sempre achei que tem um jeito certo de fazer as coisas, o jeito certo e o voto. É deixar as pessoas julgarem, deixar as pessoas votarem, deixar as pessoas escolherem seus representantes. Eu realmente não vou deixar de lutar por Taubaté, não vou deixar de me preocupar com as questões importantes da cidade, não vou deixar de postular e de colocar meu nome à disposição das pessoas. Obviamente são elas que vão avaliar e vão julgar”, finalizou Ortiz.

Ortiz vai recorrer à Justiça da decisão da Câmara.