Uma baleia jubarte juvenil macho foi encontrada morta em estado avançado de decomposição na região Sul de Ubatuba, próximo ao Saco das Bananas. A carcaça, monitorada pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta, encalhou em uma costeira afastada e de difícil acesso.
Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, o animal já estava morto e bem decomposto quando encalhou. "Não foi necessário realizar nenhuma intervenção", afirmou. A técnica desenvolvida pelo Instituto para encalhar e manter animais mortos em costeiras afastadas ajuda na decomposição natural no ambiente marinho e evita problemas com embarcações.
A equipe do PMP-BS, que realiza monitoramento embarcado semanalmente, acompanha essa carcaça há duas semanas. Eles monitoram 77 praias nas regiões de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela. O objetivo é preservar a segurança das águas e assegurar que os processos naturais ocorram sem interferências.
Imagens de @bidu.uba
A Baleia Jubarte
Segundo as informações do Projeto Baleia Jubarte, a baleia jubarte, cujo nome científico é Megaptera novaeangliae – “grandes asas da Nova Inglaterra”, referência às enormes nadadeiras peitorais e à região dos Estados Unidos na qual a espécie foi identificada pela ciência pela primeira vez é uma das mais conhecidas e mais queridas dentre as grandes baleias que habitam os mares do planeta.
Atingindo até 16 metros de comprimento e podendo pesar cerca de 40 toneladas, as jubartes são facilmente identificáveis pela coloração quase negra do corpo, pela nadadeira dorsal típica da espécie, pelas já referidas grandes nadadeiras peitorais, que podem chegar a ter 1/3 do comprimento do corpo e são geralmente brancas, e pela cauda cuja face inferior possui padrões de coloração em branco e preto, que são únicos para cada indivíduo, permitindo sua identificação individual.
