Após o prefeito Felício Ramuth sugerir que o comércio em São José dos Campos funcione em sistema de revezamento para que nenhuma atividade seja suspensa e os comerciantes possam tomar fôlego, a Associação Comercial e Industrial da cidade vê com preocupação o cenário de restrições da pandemia.
As medidas anunciadas pelo prefeito são de responsabilidade do governo estadual, cabe ao estado paulista autorizar ou não as sugestões dadas por ele. Em meio às medidas restritivas impostas pelas fases vermelha e roxa do Plano São Paulo, a presidente da ACI de São José, Eliane Maia, reforça que tem medo que muitos empresários não resistam com seus negócios abertos: “Nós tivemos no ano passado, uma média de duas mil e 400 empresas fechadas. Em 2021, nos meses de janeiro e fevereiro nós já tivemos aproximadamente 300 empresas fechadas, então esse número considerando a nossa permanência na fase vermelha ou até mesmo na fase roxa, tendem a piorar".
Quanto ao revezamento proposto pela prefeitura joseense, Eliane Maia vê com bons olhos a iniciativa: “É muito positivos porque ele dá igualdade à todos os empresários, de uma forma que todos consigam trabalhar, revezando entre o essencial e o não essencial. Mas nós precisamos da autorização do governo do estado, então esperamos que o governo aprove, porque isso realmente vai ajudar”.
Em meio ao caos econômico entre empresas fechadas e profissionais demitidos, a associação comercial firmou uma parceria com o SEBRAE para que os empresários possam se adaptar ao novo modelo de vendas imposto pela pandemia: “O SEBRAE está com muitos cursos que até o ano passado eram pagos, mas agora são gratuitos, e colocando para os empresários participarem de alguns projetos que a gente tem feito junto, para inovar o seu negócio. É preciso agora estabelecer estratégias de inovação, como trabalhar de maneira online, com as redes sociail. São programas de treinamento, de capacitação pro empresário para ele poder conseguir sobreviver nesse momento”.