A Associação de Municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte (AMVALE) aceitou o pedido prefeito de Taubaté, José Saud, para assumir a defesa da estadualização do HMUT (Hospital Municipal Universitário de Taubaté).
O documento foi encaminhado a 38 prefeitos da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira. No documento, Saud pede aos prefeitos da RMVale que enviem ofícios ao governador do Estado, Tarcísio de Freitas, defendendo a estadualização do HMUT, “para que a população da região continue a contar com essa importante unidade de saúde, com plena capacidade de atendimento”.
De acordo com a Prefeitura, para manutenção e funcionamento, o hospital conta com recursos dos governos municipal, estadual e federal (SUS), sendo R$ 6 milhões de Taubaté, R$ 2 milhões do Estado e R$ 1,450 milhão da União, totalizando R$ 9,450 milhões. Até outubro, a expectativa é que o Estado eleve seu repasse em R$ 1,5 milhão e a União, em cerca de R$ 1 milhão.
O prefeito ainda destaca no ofício que o HMUT atende a região, sendo “mais condizente e coerente que o Estado assuma essa responsabilidade”.
Em resposta ao pedido da Prefeitura de Taubaté, a AMVALE afirmou que defende a estadualização do HMUT, confira trecho da nota oficial: “Vimos pelo presente e em nome dos 39 (trinta e nove) Municípios que integram a Associação de Municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte - AMVALE, fazer um apelo veemente a V. Excia., para que determine a realização de estudos acerca da viabilidade de estadualização do Hospital Municipal Universitário de Taubaté – HMUT.”
A AMVALE ainda utiliza o mesmo argumento de José Saud, afirmando que o hospital atende pacientes de todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte. “Inicialmente, destacamos que a HMUT tem grande relevância para todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte, pois atende a centenas de munícipes diariamente. O perfil da unidade é regional, atendendo praticamente todos os entes associados à AMVALE, razão pela qual a estadualização se mostra uma solução viável, uma vez que o Estado de São Paulo dispõe da capacidade econômica e orçamentária compatível com a envergadura da demanda”, diz o documento.
O hospital foi administrado de 1982 a 2013 pela Universidade de Taubaté. Em março de 2013, com dívidas e problemas estruturais, a unidade teve a gestão transferida para o Estado. Em 2019, houve o movimento inverso e o município retomou, em maio daquele ano, a gestão do hospital.