O acidente com seis mortos, após um tombamento de ônibus no km 75 da Oswaldo Cruz, pode ter sido provocado por um carro que dirigia na contramão. É isso que diz o boletim de ocorrência elaborado pela Polícia Civil, que apura as causas.
De acordo com o relato de passageiros à Polícia Civil de São Luiz do Paraitinga, o ônibus de dois andares foi proibido de descer a serra de Ubatuba por uma blitz do DER.
No momento em que o motorista fazia o retorno, um veículo na contramão teria passado em alta velocidade. Ao tentar desviar, o ônibus perdeu o controle e, neste momento, capotou.
Foram seis vítimas que morreram de acordo com a Polícia Civil. Destas, cinco já foram identificadas no IML de Taubaté. Uma delas é a filha do motorista do ônibus e tinha oito anos.
O documento elaborado pela Polícia Civil também ressalta que não há registros de veículo que trafegava na contramão. A única informação, de acordo com testemunhas, é que era um Fiat Toro preto.
Registro do ônibus
De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), o ônibus tinha documentação em dia, mas não possuía autorização para viagem interestadual. Portanto, ele poderia trafegar dentro do estado de São Paulo, mas não ir a Paraty, como era o destino final da viagem.
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) informou “que a empresa Andreatur, nome fantasia ARCA Turismo, responsável pelo ônibus envolvido na ocorrência, a ARTESP informa que a empresa está com registro válido até 2025. O ônibus em questão também tinha vistoria válida junto à Agência até 2022”.
A Artesp também informa que a empresa Andreatur havia informado que faria uma viagem até Ubatuba. Mas o pacote vendido tinha como destino final Paraty. A empresa será convocada para prestar esclarecimentos.
Outro lado
Em nota, a empresa Andreatur informou que lamenta o acidente e se solidariza com as vítimas.
Também afirmou que está prestando assistência às vítimas e familiares e que disponibilizará todo suporte técnico e jurídico para trâmite com a seguradora.