Agosto será com gosto ou de desgosto para o morador de Taubaté?

Prefeitura entra no oitavo mês do ano ainda com sacrifícios para fechar as contas

Cláudio Nicolini, do Revestrés

Revestrés - com Cláudio Nicolini

São mais de 30 anos de experiência no rádio e na TV. O apresentador do Band Cidade primeira edição ancora os debates eleitorais das principais cidades da região na tela da TV Band Vale desde o ano 2000. Também apresenta o Jornal Primeira Hora Regional na Bandvale FM. Aqui trará crônicas sobre o cotidiano e a política das cidades, além de analisar as ações dos governantes da Região Metropolitana.

Imagem da cidade de Taubaté
Imagem da cidade de Taubaté
Divulgação/ ANAFISCO

O mês de agosto chega, e com ele o fim dos recessos parlamentares. Em Taubaté, a Câmara volta nesta terça e promete pra essa semana mais um capítulo da CPI da saúde, que investiga os contratos de terceirização com Organizações Sociais na cidade. Também inicia a discussão do veto do prefeito José Saud à extinção da taxa de iluminação pública, enquanto a prefeitura não consegue concluir a licitação pra ter uma empresa prestadora de serviços.

Mas o segundo semestre segue com o caos nas contas da prefeitura. Se o IPTU ajudou a equilibrar o sistema, agora a conta só fecha com cortes “na carne”, ou seja: Nos serviços públicos.

Julho termina sem que a população consiga marcar coleta de sangue – prometida pela prefeitura pra voltar em Agosto. Segue com atendimentos no H-MUT apenas de urgência e emergência – diminuindo e muito os atendimentos eletivos, já represados pela pandemia. E sem coleta seletiva de resíduos nos bairros.

Além disso, nada de grandes obras pela cidade, e pelo jeito, as ideias faraônicas como nova prefeitura e ponte estaiada sobre a via Dutra já ficaram em Nárnia, como diria o escritor Irlandes C.S. Lewis. Ações de combate a enchentes também ficaram na retórica, e ninguém sabe como as velhas galerias que cortam a cidade vão se portar com as chuvas do próximo verão. Enquanto isso, o prefeito tenta por decreto conseguir economia, pra que o funcionalismo que já não pode mais vender as férias, possa pelo menos seguir com o pagamento em dia. Desafios não faltam há 15 meses da eleição. Sim, se o povo ainda não se atenta ao próximo pleito, os políticos já estão a todo vapor.