Uma operação de combate à corrupção policial cumpriu mandados juciais na manhã desta terça-feira (3) no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A reportagem do Portal da Band apurou que os alvos são policiais rodoviários federais e guincheiros. 

No Paraná, as ações ocorreram nas cidades de Curitiba, Lapa, União da Vitória, Porto União e São Mateus do Sul.

Como parte de uma investigação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, segundo a PF (Polícia Federal), a ação chamada de “Operação Guincho" apura crimes de “corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa no estado do Paraná”. 

“As denúncias revelaram um esquema envolvendo uma associação criminosa” formada por policiais rodoviários federais e guincheiros que "exigiam vantagens indevidas de forma recorrente em diversas situações”. 

Seis policiais, oito suspeitos e quatro empresas

Seis servidores da PRF foram alvos de mandados de busca e apreensão. Segundo a Corregedoria da PRF, “outras oito pessoas, que também participaram do esquema, responderão criminalmente por suas condutas. Quatro empresas são investigadas”.

A PF informou que um homem de 62 anos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. 

No total, segundo a PF, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, visando recolher documentos, dispositivos eletrônicos e outros elementos de prova; e 14 mandados de intimação com imposição de medidas cautelares.

Nas medidas cautelares, a Justiça Federal determinou o "afastamento dos servidores investigados de suas funções públicas, proibição de acesso dos investigados a prédios públicos e outras restrições necessárias para garantir o andamento das investigações”. 

Os investigados poderão responder pelos crimes previstos nos artigos 288 (associação criminosa), 317 (corrupção passiva) e 333 (corrupção ativa) do Código Penal Brasileiro.

“As investigações estão sob sigilo e o que pode ser divulgado é o que está na Nota Oficial”, disse a assessoria da PF. 

Leia a íntegra da Nota Oficial da PF:

“Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal deflagram “Operação Guincho” , contra esquema de corrupção Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão; um homem foi preso em flagrante. Guarapuava/PR. Na manhã desta terça-feira (03/12), a Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) - por meio de sua Corregedoria - deflagrou a Operação Guincho, que visa combater crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa no estado do Paraná. Houve cumprimento de mandados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As denúncias revelaram um esquema envolvendo uma associação criminosa formada por agentes públicos e particulares, que exigiam vantagens indevidas de forma recorrente em diversas situações. Com base nesses indícios, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal uniram forças para uma operação conjunta, com o objetivo de desarticular o grupo e interromper as práticas ilegais. Nesta etapa da operação, um homem de 62 anos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. No total, foram cumpridos: • 18 mandados de busca e apreensão, visando recolher documentos, dispositivos eletrônicos e outros elementos de prova; • 14 mandados de intimação com imposição de medidas cautelares, incluindo: • Afastamento dos servidores investigados de suas funções públicas; • Proibição de acesso dos investigados a prédios públicos; • Outras restrições necessárias para garantir o andamento das investigações. Os investigados poderão responder pelos crimes previstos nos artigos 288, 317 e 333, todos do Código Penal Brasileiro”.

Leia a íntegra da Nota Oficial da Corregedoria da PRF:

"A Polícia Federal e a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, deflagraram, na manhã desta terça (2), uma operação para desarticular um esquema de corrupção envolvendo servidores da PRF e guincheiros, para obtenção de vantagens financeiras ilícitas. As ações ocorreram nas cidades de Curitiba, Lapa, União da Vitória, Porto União e São Mateus do Sul. Houve cumprimento de ordens também em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Dos 18 mandados de busca e apreensão, seis foram contra servidores da PRF, que serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar interno. Os servidores públicos envolvidos poderão responder por crimes contra a Administração Pública. Outras oito pessoas, que também participaram do esquema, responderão criminalmente por suas condutas. Quatro empresas são investigadas. Nesta etapa da operação, um homem de 62 anos, que não é servidor público, foi preso em flagrante por posse ilegal de armas de fogo. No total, foram cumpridos:

•⁠  ⁠18 mandados de busca e apreensão, visando recolher documentos, dispositivos eletrônicos e outros elementos de prova;

•⁠  ⁠14 mandados de intimação com imposição de medidas cautelares, incluindo afastamento dos servidores investigados de suas funções públicas e a proibição de acesso dos investigados a prédios públicos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e corrupção."