A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de quarta-feira (2), a segunda fase da Operação “Fake Student”, fruto de investigação conduzida pelos policiais de Três Lagoas-MS para reprimir a prática de crimes de contrabando de cigarros eletrônicos.
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão na cidade de Jales-SP expedidos pela Justiça Federal de Três Lagoas-MS, com o objetivo de localizar e apreender provas e bens de valor relacionados ao contrabando de cigarros eletrônicos.
Os mandados foram cumpridos em dois endereços, sendo um residencial e outro comercial no centro da cidade de Jales-SP. Na residência da investigada a PF apreendeu um veículo, que será colocado à disposição da Justiça Federal para eventual recomposição dos danos causados pela prática dos crimes em investigação.
A primeira fase da operação foi deflagrada em abril deste ano em uma empresa que revendia os produtos na capital paulista e a segunda fase, deflagrada hoje, cumpre mandados na residência e escritório das investigadas em Jales-SP com o objetivo de fazer o bloqueio de bens e valores no valor acima de R$ 902 mil.
A investigação iniciou a partir da prisão em flagrante de uma das investigadas, que foi surpreendida transportando 1,2 mil cigarros eletrônicos em compartimento falso de um veículo que conduzia em meados de 2023 em Água Clara-MS.
Na ocasião, a investigada relatou à PF que era moradora de Jales-SP, mas cursava medicina na fronteira do Brasil com o Paraguai, na região de Ponta Porã-MS. A PF apurou posteriormente que ela utilizava sua rede social e a rede postal para comercializar e entregar os produtos contrabandeados. Pelo menos três encomendas postais de cigarros eletrônicos foram apreendidas pela PF em municípios do nordeste brasileiro.
Estas encomendas teriam sido despachadas pela própria investigada em Jales-SP e, por esta razão, ela também foi indiciada em inquéritos policiais que estão sendo conduzidos pela PF em Jales-SP.
O nome "Fake Student" foi definido, ainda na primeira etapa da deflagração, tendo em vista que a principal investigada cursa medicina no Paraguai, mas se vale das viagens na região de fronteira para a região de Jales-SP para contrabandear os produtos mencionados para outras regiões do país.