Agentes instalam “ovitrampas” para atrair mosquitos da dengue

A meta é coletar 10 mil ovos do mosquito Aedes aegypti

Por Hiltonei Fernando

A meta é coletar 10 mil ovos do mosquito Aedes aegypti
foto: cedida

Mais uma etapa da implementação do Método Wolbachia em Presidente Prudente-SP foi iniciada na segunda-feira (19), por meio de uma parceria entre a Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) e o Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado (GVE) que consiste na instalação de 150 ovitrampas. 

As ovitrampas são armadilhas desenvolvidas para coletar ovos do mosquito Aedes Aegypti, compostas de um vaso de planta preto, no qual é adicionado água, uma palheta de madeira e substância atrativa para o mosquito à base de levedo de cerveja em concentração de 0,04%.

De acordo com a supervisora da VEM, Elaine Bertacco, que acompanha a ação, as 150 armadilhas serão distribuídas nas residências entre segunda, terça e quarta-feira. Os recipientes permanecerão nas residências durante uma semana. 

A instalação acontece pelos agentes de endemias em locais estratégicos, a uma altura de aproximadamente 80 centímetros, ao abrigo da chuva e da luz do sol, fora do alcance de crianças e animais domésticos. A armadilha não deve ser movimentada até o retorno da equipe.

“O trabalho está sendo realizado em conjunto, VEM e GVE, pois o morador precisa ser cadastrado, aceitar receber a ovitrampa no interior de sua casa e zelar para que o recipiente não seja danificado, como mexido pelas crianças e animais de estimação, por exemplo”, explicou. 

As ovitrampa serão recolhidas nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro. Bertacco explica que as 150 residências foram previamente selecionadas por sorteio e contemplam diferentes bairros da cidade, com 500 metros de distância uma da outra. 

Conforme Bertacco, as palhetas de madeira serão enviadas a um laboratório de Prudente, onde permanecerão de dois a três dias até a secarem, processo necessário para a retirada e contagem dos ovos. 

A meta é coletar 10 mil ovos do mosquito Aedes Aegypti, que serão destinados ao laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde serão eclodidos para que seja realizado o estudo e, posteriormente, inserida a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no mosquito, reduzindo assim a transmissão de arboviroses. 

Bertacco ressalta que a ovitrampa é mais um indicador e pode colaborar nas indicações de prioridades para ações de controle, permitindo maior agilidade e precisão. “Aqui em Prudente nós realizados periodicamente o Índice Breteau, que é um indicador larvário. Por ele, sabemos os tipos de recipientes mais encontrados, qual a área que deu o maior índice de infestação. Já a ovitrampa possui outra metodologia, pela contagem de ovos. Uma ferramenta a mais para trabalharmos e combater o vetor”. 

Informação: Secom PP

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