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Lollapalooza fecha programação com tributo a Taylor Hawkins

Festival mesclou artistas brasileiros com vídeos de apresentações do Foo Fighters

Por Amanda Costa

Taylor Hawkins, morto na última sexta, 25
Reprodução

Era para ter sido um grande show do Foo Fighters, fechando a programação de 3 dias do Lollapalooza, neste domingo, 27. Ninguém esperava pela notícia que chegou no fim da noite de sexta-feira, 25, com a tragédia da morte do baterista Taylor Hawkins, aos 50 anos. 
De coração partido, mas também com a responsa de preencher, totalmente de improviso, o buraco no line-up, o festival escalou artistas do rap e hip hop brasileiros para fazerem um tributo ao baterista e ao Foo Fighters.

Enquanto finalizava sua apresentação no sábado, 26, Emicida avisou que tinha acabado de receber a notícia de que voltaria no dia seguinte para comandar a homenagem. 

Último áudio

Chegado o domingo, última apresentação do Lolla, o tributo começou com um vídeo no telão onde Perry Farrell, fundador do Lollapalooza e líder do Jane’s Addiction, falou sobre a sua relação com Taylor, dizendo que os dois eram melhores amigos, com quem tinha muitos projetos. 

A companheira de Farrell, Etty Farrell, compartilhou com todo o público do Autódromo de Interlagos e os expectadores da transmissão vivo, um dos últimos áudios que Taylor Hawkins havia enviado:

Cuidem-se um do outro e eu cuidarei de mim. E eu irei vê-los em São Paulo. Eu amo, amo, amo, amo vocês. Durmam bem.

Na sequência, eles exibiram no telão uma apresentação do Foo Fighters, na qual Taylor Hawkins ia para frente do palco e assumia o microfone - algo que era recebido com ovação pelos fãs.

My Hero

Michele Cordeiro, guitarrista de Emicida, apareceu ao lado da também guitarrista Mônica Agena, e cantou a emocionante “My Hero”, uma das trilhas sonoras mundo a fora para celebrar Taylor Hawkins.

O momento foi bem emocionante e fez chorar até o mais gelado dos corações.

O grande encontro do rap brasileiro

Não era para terem sido escalados para fechar o Lollapalooza 2022, mas assumiram a responsa de última hora e foi histórico. Fica de lição e reflexão para os festivais brasileiros se lembrarem de que o rap e o hip hop é entretenimento para grandes públicos.

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Subiram no Palco principal Emicida, Rael, Drik Barbosa, Bivolt, Criolo, KL Jay, Ice Blue, DJ Nyack e Mano Brown. Com batidas e rimas, o timaço confortou o público e entoou clássicos, como “Mil Faces de um Homem Leal (Marighella)”, do Racionais MC's.

Planet Hemp

Emicida estava como anfitrião da noite, e foi ele quem chamou a próxima banda. Planet Hemp chegou e Marcelo D2 começou falando que o show seria para o Taylor, mas também relembrou as perdas da música brasileira e citou Chico Science, Sabotage, Chorão entre outros.

A apresentação foi completamente voltada às guitarras, e os cariocas apresentaram clássicos como “Legalize Já”, “Stab”, “Fazendo a Cabeça” e “Mantenha o Respeito”. Marcelo D2 e B Negão fizeram uma festa do hardcore. O público gostou e abriu duas grandes rodas de bate-cabeça.

Ego Kill Talent

Depois de tudo isso e uma festa que fez a ponte entre Rap, Punk, Hardcore e a celebração da arte, o grupo brasileiro Ego Kill Talent subiu ao palco para mais um momento de emoção.

Emicida disse que eles quiseram juntar ao tributo uma banda que estivesse mais próxima ao Foo Fighters. Por isso, ficou a cargo do EKT, banda que não apenas excursionou com os caras como gravou seu último disco no estúdio de Dave Grohl e criou uma relação próxima com a banda, tocar a última música da noite. 

Rolou a cover de “Everlong” com direito à troca de bateras e a sensação de que aquela música teria sido tocada naquele palco, naquele momento, pelo Foo Fighters, em um mundo paralelo, em que Taylor Hawkins teria sobrevivido àquela coisa que o levou.

“Best of You” de 2012

Ao fim, o telão ainda exibiu uma performance histórica de “Best of You”, pelo Foo Fighters, no Lolla de 2012, no mesmo palco onde a homenagem aconteceu, e todos ali cantaram a plenos pulmões a despedida que estava acontecendo num palco brasileiro.

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