A prefeitura de São José do Rio Preto-SP e o governo do Estado de São Paulo firmaram parceria, por meio da Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial e da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). O objetivo é disponibilizar equipe de profissionais vinculadas ao município para atuar dentro da unidade especializada da Polícia Civil.

Esse reforço tem por objetivo acolher e oferecer serviços municipais diretamente à vítima de violência doméstica e familiar que estiver buscando assistência na delegacia, com apoio psicossocial e até possibilidade de oferecer abrigo a essa mulher. As profissionais também conseguem acionar outras secretárias municipais, como a de Assistência Social e de Segurança Pública, caso haja necessidade de acesso a outros serviços.

“Quando a vítima de violência chega na delegacia, ela está destruída, tanto fisicamente quando psicologicamente. Está em sofrimento, porque foi agredida pelo companheiro, ex-companheiro e até filho ou mesmo neto. Então, a psicóloga e a assistente social vão acolher essa mulher, entender o que ela está vivendo e direcioná-la para os serviços que oferecemos no município, o próprio atendimento psicossocial, o abrigamento, se necessário, e até mesmo o encaminhamento para serviços de outras secretarias”, afirma a secretária da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de São José do Rio Preto, Maria Cristina de Godoi Augusto.

Início

A atuação das profissionais na DDM começa efetivamente no dia 3 de janeiro. A psicóloga vai atender de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com intervalo de uma hora. Já a assistente social atuará de segunda e quarta-feira, das 8h às 14h, e de terça, quinta e sexta-feira, das 11h às 17h, com intervalo de 15 minutos.

“Trabalho de união para que as mulheres possam ser protegidas contra toda e qualquer violência. Somatória do poder público municipal, com a estrutura da Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial, e a Delegacia de Defesa da Mulher, para oferecer acolhimento, apoio psicológico e abrigamento. Não admitimos nenhuma violência contra mulher e, uma vez essa violência aconteça, será exemplarmente punida, e a vítima terá toda assistência psicológica, com acompanhamento”, diz o prefeito Edinho Araújo.

Atendimentos

Os Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM 1 e 2), vinculados ao Departamento de Políticas para Mulheres, da Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial, atenderam, entre janeiro e novembro deste ano, 5.937 mulheres. No total, entre as duas unidades, foram feitos 13.673 atendimentos. Pela Casa Abrigo passaram, no mesmo período, 35 mulheres e 41 dependentes.

A delegada coordenadora da DDM, Dálice Aparecida Ceron, fala sobre esse reforço na rede de enfrentamento à violência contra a mulher. “A parceria de hoje vem fechar um ciclo muito importante no atendimento à vítima de violência. A demanda na DDM é muito grande e agora essa recepção, esse acolhimento, não via permitir a revitimização da mulher, além de possibilitar o acesso a outros serviços públicos municipais de forma geral.”

Os titulares da Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São José do Rio Preto, juiz Alceu Corrêa Junior e promotora Heloísa Gaspar Martins Tavares, compareceram na cerimônia de assinatura do convênio. “A mulher chega fragilizada, em uma situação de vulnerabilidade muito grande, então precisa dessas profissionais que vão realizar uma função essencial de acolhimento”, afirma o magistrado. “Uma parceria de extrema importância, porque as vítimas de violência doméstica são diferentes das outras vítimas, pois os autores são pessoas que elas conhecem, que elas amam. Então, essa mulher merece essa escuta especializada, essa atenção especial”, complementa a promotora Heloisa.

Informação: Bianca Zaniratto/Secretaria de Comunicação