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Por que sempre tem uma Helena? Manoel Carlos explica

Ele finalmente desvendou o mistério de manter sempre uma protagonista chamada “Helena” em suas histórias

Por Mayara G. Nascimento

Carolina Dieckman e Vera Fischer
Carolina Dieckman e Vera Fischer
Reprodução / Google

Durante o programa “Tributo a Manoel Carlos”, que foi lançado no Globoplay, um dos maiores mestres da dramaturgia brasileira, o Manoel Carlos, finalmente desvendou o mistério de manter sempre uma protagonista chamada “Helena” em suas histórias.

Ao contrário do que muita gente pensa, o nome Helena não foi escolhido para homenagear uma das mulheres de sua vida, como uma mãe, uma filha ou uma avó. Na verdade, o Manoel Carlos revelou, no auge de seus 91 anos, que ele escolheu o nome “Helena” por causa da mitologia.

“As pessoas realmente têm muita curiosidade de saber. Dizem ‘foi sua mãe, uma irmã, uma namorada, uma primeira mulher’. Nada disso. Helena é apenas um nome que eu acho mais apropriado a um personagem do que a uma pessoa real.

Talvez porque eu sempre gostei de mitologia. A Helena mitológica é fantástica. E aquela história toda da Helena de Tróia ter sido uma mulher raptada, casada com o raptor, divorciada e voltou a viver com o marido depois de separar-se dele…

Tudo isso me deu uma coisa, uma magia muito interessante, que me cativou muito”, explicou Manoel Carlos.

De acordo com Maneco, suas protagonistas sempre foram mulheres infelizes no amor, e ao mesmo tempo, escondiam um lado sombrio, sempre guardando um segredo obscuro sobre sua vida.

“Sempre achei e continuo achando que a mulher move o mundo. Na mulher está tudo. É mais fácil pra mim escrever sobre mulheres porque as mulheres falam as coisas. O homem não confessa que é traído. Uma mulher reúne as amigas dela, diz que o marido tem uma amante, e choram todas juntas”, contou Manoel Carlos.