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Polícia Civil deflagra mais uma fase da Operação Afrodite

Os criminosos utilizam a internet para aplicar golpes

Por Hiltonei Fernando

Os criminosos utilizam a internet para aplicar golpes
foto: reprodução/Polícia Civil

A Polícia Civil, através do Núcleo Polícia Judiciária do Distrito Policial de São José do Rio Preto-SP cumpre, nesta quinta-feira (20), diversos mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Porto Alegre-RS. Para a cidade gaúcha, foram dois delegados, quatro investigadores e um escrivão.

Após investigação, foram identificadas 47 pessoas residentes naquele Estado, que fazem parte de uma Organização Criminosa que fizeram centenas de vítimas em todo o Brasil, inclusive no Estado de São Paulo. A operação que será deflagrada com o apoio da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, foi batizada de “Afrodite”, que faz alusão à deusa do amor.

O crime é praticado pelas redes sociais e os criminosos utilizam perfil de belas mulheres, adicionam homens selecionados, preferencialmente com poder aquisitivo ou comprometidos, passando a trocas mensagens e ganhando a confiança das vítimas.

Após isso, quando as conversas começam a ganhar novos contornos, entra então em contato um “suposto delegado” informando à vítima que esta precisaria pagar uma certa quantia em dinheiro, a fim de pagar a fiança, pois a “mulher” que este se relacionava, teria menos de 14 anos e, após seus pais tomarem conhecimento das mensagens trocadas, foram até a Delegacia e denunciaram o crime.

Assim, a vítima não vê outra alternativa senão transferir os valores, a fim de se ver livre das supostas investigações, que não passam de falsas acusações. Segundo a Autoridade Policial responsável pelas investigações, as condutas são tipificadas nos crimes de extorsão e organização criminosa.

Para a polícia, são crimes de estelionato, apesar de grande semelhança com o referido crime, já que é empregada uma grave ameaça contra a vítima que, por conta de tal receio, acaba cedendo aos anseios dos criminosos. Assim, por conta de cruzamento dos dados bancários que eram utilizados para receberem os valores, apurou-se que os beneficiários são todos oriundos da capital Gaúcha, ocasião em que foram identificados e representado pela Polícia Civil ao Judiciário a concessão de mandados de busca e apreensão.

O delegado acredita que inúmeras vítimas que, com receio de se exporem, não registraram o boletim de ocorrência, já que isso poderia chegar ao conhecimento de seus cônjuges. De acordo com os policiais, as quantias transferidas variavam de acordo com o suposto poder aquisitivo do alvo.

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