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Alta Selic: entenda os impactos da alta da taxa básica de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 11,75% para 12,75% ao ano. Entenda o que é a taxa Selic e como ela afeta a sua vida

Por Mariana Perussi

Taxa Selic está no maior nível desde 2011
Taxa Selic está no maior nível desde 2011
Folhapress

Quando ligamos a TV, muitas vezes damos de cara com notícias relacionadas à Selic. Na internet é a mesma coisa, lá está ela de novo estampada nos sites. Isso porque a taxa Selic, ou taxa básica de juros, é parte fundamental da economia de todo país. 

Resumidamente, funciona assim: se a taxa Selic diminui, os juros ficam mais baixos e então o consumo aumenta, mas se a taxa Selic aumenta, os juros sobem e o consumidor também vai comprar menos, o que causa impacto direto nos setores que trabalham com a venda de produtos duráveis. Isso ocorre porque os produtos duráveis são mais caros que os comuns e, geralmente, são pagos em parcelas que acabam ficando ainda mais pesadas com a alta dos juros. 

Uma mudança na economia que vem afetando muita gente e deve afetar ainda mais já que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 11,75% ao ano para 12,75%. Este já é o décimo aumento seguido da taxa básica de juros, que está em seu maior patamar em mais de cinco anos. 

O Djalma Monteiro é consultor de venda de veículos em Presidente Prudente e tem sentido os efeitos da queda do fluxo de clientes na loja em que trabalha. “Aqui nós estamos nos desdobrando para continuar a vender. As vendas caíram bastante desde o início da pandemia e com o aumento da Selic, as parcelas ficam mais caras também e o consumidor acaba segurando um pouco. Por isso, estamos adotando algumas estratégias, como vender os veículos já com o IPVA do ano totalmente quitado”, conta Dajlma. 

Segundo especialistas, a alta da taxa Selic deve permanecer pelo menos até o fim de 2022. ‘’ A taxa Selic vem aumentando ao longo dos meses para ajudar a conter a inflação e a perspectiva é que aumente ainda mais uma vez até o fim deste ano. No ano que vem, pode ser que a situação comece a se estabilizar”, comenta o economista Alexandre Bertoncello.