A Secretaria de Saúde, por meio de equipe da Divisão de Vigilância Ambiental de Bauru-SP, está encoleirando cães da cidade para o controle da Leishmaniose Visceral por meio de uma parceria com Ministério da Saúde. A cidade é a única do Estado de São Paulo classificada como prioritária para a execução da ação.
A equipe formada para trabalhar com esse programa é composta por médicos veterinários e agentes de controle de endemias. A equipe participou, no final de julho, de capacitação teórica e prática sobre o Plano de Ação para Intensificação da Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral, com as coleiras impregnadas com inseticida (Deltametrina 4%), sob a coordenação do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, onde também participaram outros municípios que também estão executando o programa.
No período de 2 a 4 de agosto, o programa coletou 611 amostras de sangue na região da Vila Independência, e encoleirou estes animais. Destes, 65 tiveram o resultado positivo, e cinco foram entregues pelos tutores para eutanásia. A Secretaria de Saúde pretende encoleirar aproximadamente quatro mil cães, que serão testados para leishmaniose visceral canina, através de coleta de sangue e posteriores exames. Já na primeira visita, o animal recebe a coleira repelente e as devidas orientações. Após a divulgação do resultado de exame, cerca de 15 dias, os moradores com animais positivos recebem a visita de uma equipe com um médico veterinário, que avaliará o animal e fará todas as orientações sobre o caso.
A validade da coleira é de seis meses, portanto, a cada seis meses a equipe passará na residência para fazer a troca da coleira. Já a coleta de sangue para exame será feita a cada 12 meses. A Secretaria de Saúde possuí um ambulatório com atendimento veterinário voltado para zoonoses no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, onde é feito o Inquérito Canino Censitário. Bauru registra, até o momento, três casos de leishmaniose em humanos neste ano, com dois óbitos.
SINTOMAS
Nos humanos, os sintomas são febre, inchaço, perda de peso, falta de apetite, cansaço e franqueza; podendo também comprometer o fígado, baço ou rins. Em caso de suspeita procure a unidade de saúde mais próxima.
Já os animais podem apresentar vários graus da doença, desde um quadro assintomático, até o crescimento exagerado das unhas, emagrecimento e queda de pelo, apatia, perda de apetite e feridas e descamação na pele. Em fase avançada aumento abdominal e problemas oculares, diarreia, vômito e sangramento intestinal.
PREVENÇÃO
A prevenção da leishmaniose pode ser realizada por meio do manejo ambiental e limpeza dos quintais e terrenos baldios, com a poda de árvores e folhagens dos jardins, escoamento da água parada, eliminação do lixo orgânico de forma adequada, como restos de comida, folhas, frutos e restos de galhos, limpeza do abrigo dos animais de estimação, além de higiene e cuidado com a saúde dos bichinhos. Essas ações previnem o desenvolvimento do mosquito-palha, responsáveis pela transmissão da doença.
Informações: Secom Bauru