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Por 18 votos a 12, o relatório que pedia a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra o vereador Zé Carlos foi rejeitado pela Câmara de Campinas. A CP poderia terminar com a cassação do mandato do político. O documento elaborado pelo relator vereador Major Jaime (PP) apontava que ocorreram “fatos graves” e reunia áudios que fazem parte da investigação do Ministério Público (MP) que indicam o esquema de propinas no legislativo.
A sessão foi tumultuada, com a presença do público contra e a favor de Zé Carlos. Na tribuna, vereadores da oposição e independentes argumentavam que era preciso abrir a CP. Enquanto vereadores da base do governo defendiam o colega, ao afirmarem que o MP ainda não tinha concluído a investigação e que poderia ser uma decisão precipitada.
Outro lado
Ralph Tortima, advogado que representa Zé Carlos, soltou a seguinte nota. Confira na íntegra:
"A decisão da Câmara revelou ponderação, senso de justiça, respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência. O vereador José Carlos sequer foi ouvido no Ministério Público, embora tenha por inúmeras vezes se colocado à disposição dos Promotores.
As gravações apresentadas não são confiáveis, não foram colhidas de forma adequada e nem mesmo foram periciadas. Logo, ninguém pode garantir a lisura desses áudios. Também, ficou muito claro que o autor das gravações agiu sob orientação de adversários políticos do vereador José Carlos. Foi uma ação ardilosa, premeditada, movida por interesse político! Toda a apuração da Comissão de Vereadores e também a realizada pelo Ministério Público não revelou qualquer ato ilícito do Vereador José Carlos relacionado a qualquer outro contrato da Câmara de Vereadores. Assim, reputamos que a decisão foi acertada, tecnicamente adequada."