Vereadores rejeitam abertura de CP contra Zé Carlos por esquema de propina

Votação aconteceu em sessão tumultuada na Câmara de Campinas; relatório foi arquivado

Tiago Prudente

Blog do Prudente

Quer saber os bastidores da política? Aqui você confere tudo o que rola nas mais diversas esferas do poder. Jornalismo isento com opinião onde importa. No Blog do Prudente você entende de forma objetiva o que rola no mundo político. Um canal para você ficar conectado sem perder tempo.

Zé Carlos
Zé Carlos
Reprodução

Por 18 votos a 12, o relatório que pedia a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra o vereador Zé Carlos foi rejeitado pela Câmara de Campinas.  A CP poderia terminar com a cassação do mandato do político. O documento elaborado pelo relator vereador Major Jaime (PP) apontava que ocorreram “fatos graves” e reunia áudios que fazem parte da investigação do Ministério Público (MP) que indicam o esquema de propinas no legislativo.

A sessão foi tumultuada, com a presença do público contra e a favor de Zé Carlos. Na tribuna, vereadores da oposição e independentes argumentavam que era preciso abrir a CP. Enquanto vereadores da base do governo defendiam o colega, ao afirmarem que o MP ainda não tinha concluído a investigação e que poderia ser uma decisão precipitada.

Outro lado

Ralph Tortima, advogado que representa Zé Carlos, soltou a seguinte nota. Confira na íntegra:

"A decisão da Câmara revelou ponderação, senso de justiça, respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência. O vereador José Carlos sequer foi ouvido no Ministério Público, embora tenha por inúmeras vezes se colocado à disposição dos Promotores.

As gravações apresentadas não são confiáveis, não foram colhidas de forma adequada e nem mesmo foram periciadas. Logo, ninguém pode garantir a lisura desses áudios. Também, ficou muito claro que o autor das gravações agiu sob orientação de adversários políticos do vereador José Carlos. Foi uma ação ardilosa, premeditada, movida por interesse político! Toda a apuração da Comissão de Vereadores e também a realizada pelo Ministério Público não revelou qualquer ato ilícito do Vereador José Carlos relacionado a qualquer outro contrato da Câmara de Vereadores. Assim, reputamos que a decisão foi acertada, tecnicamente adequada."

O esquema