Vigilância interdita clínica insalubre que mantinha internos em cárcere privado

Estabelecimento fica no bairro Parque dos Pinheiros, em Nova Odessa, foi interditado pela segunda vez e abrigava 23 internos

Amanda Florentino

Na primeira interdição, em 9 de fevereiro, havia cerca 60 internos no local
Divulgação

Uma clínica de recuperação foi interditada nesta quarta-feira (29) pela Vigilância Sanitária de Nova Odessa (SP). A interdição ocorreu porque o espaço funcionava de forma irregular, em condições insalubres, além de maltratar os internos e os manter em cárcere privado. A clínica fica no bairro Parque dos Pinheiros e, no momento, abrigava 23 internos. 

De acordo com a Prefeitura, a clínica já havia sido interditada e no mês passado, pelo funcionamento irregular, mas continuou exercendo as atividades normalmente, por isso, ocorreu uma nova ação nesta quarta-feira, com apoio das secretarias de Saúde, Promoção Social, Guarda Civil Municipal (GCM) de Nova Odessa e Polícia Civil.

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Vigilância interdita clínica insalubre que mantinha internos em cárcere privadoDivulgação
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Na primeira interdição realizada pela Vigilância Sanitária, em 9 de fevereiro, havia cerca de 60 internos no local. Desta vez, a clínica abrigava 23 pessoas.

Nesta segunda ação, a Vigilância Sanitária foi ao local após receber uma nova denúncia de que o estabelecimento irregular havia sido “reaberto” e mantinha internos contra sua vontade.

No local, as equipes confirmaram as denúncias e comprovaram que responsáveis desobedeceram a primeira ordem de interdição e encerramento imediato das atividades em fevereiro.

Segundo a Vigilância Sanitária, as condições da clínica são insalubres, há falta de água potável e de alimentação adequada para os internos, que estavam trancados em cômodos com cadeados. As condições de saúde dos internos também eram precárias e eles necessitavam de atendimento médico de urgência.

Pelo menos 10 dos pacientes foram levados imediatamente ao Pronto Socorro do Hospital Municipal de Nova Odessa. Eles permanecem internados, sob tratamento e acompanhamento médico. Os demais internos foram encaminhados aos cuidados dos familiares.

A Vigilância emitiu um novo auto de infração e lacrou novamente o estabelecimento. Os responsáveis foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil do município, onde a ocorrência foi registrada como sequestro e cárcere privado, maus-tratos e furto (de energia). O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário. 

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