A Polícia apontou sete pessoas envolvidas no assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas (SP) e Região, Nilton Aparecido de Maria, em janeiro deste ano. Dos sete, o delegado Rui Pegollo pediu a prisão preventiva de três deles - Isael Soares de Almeida, Anderson Francisco Caminoto da Silva e Jefferson Cardoso de Oliveira. O crime custou R$ 5 mil aos mandantes - R$ 4 mil foram para os assassinos e R$ 1 mil para o intemediário.
Veja o papel de cada um dos sete denunciados no crime:
Isael Soares de Almeida - Mandante
Anderson Francisco Caminoto da Silva - Mandante
Alessandro Roberto Mendes - Intermediário (contratou os assassinos)
Jefferson Cardoso de Oliveira - Assassino que atirou em Nilton
Paulo Cesar Correa - Dirigia o carro no dia do crime
Maria Cardoso de Sá - Queimou o carro utilizado no crime (mãe de Jefferson)
Danilo Shmidt - Queimou o veículo
De acordo com o delegado, o crime ocorreu por causa da disputa pelo controle sindical. Da parte de Isael, que já foi diretor da entidade, fazia oposição à atual diretoria - que elegeu Nilton como presidente da entidade sindical no ano passado. Já Anderson, que era integrante da chapa da situação, rompeu e sentiu-se prejudicado.
A negociação teria sido feita por Anderson Francisco Caminoto da Silva, que fez os contatos com Alessandro - que, por sua vez, contratou os assassinos e os pagou em dinheiro.
O delegado diz que o caso está encerrado e que há provas materiais que apontam o envolvimento do grupo no crime. "Temos o pix que aponta a movimentação do dinheiro, conversas e digitais no carro utilizado para o crime", disse ele nesta quinta-feira.
Isael tem negado que tenha participado do crime. Ele afirma que que é uma conspiração contra a sua atuação sindical que denunciou a susposta corrupção na entidade sindical. Ele nega aproximação entre ele e Anderson. Mas no processo, uma conversa entre os dois revela que Isael chamava Anderson de "Soldado da causa".
Nilton Aparecido de Maria foi assassinado no dia 26 de janeiro. Foto: Arquivo
O crime
Niltão, como era conhecido o sindicalista, foi assassinado com um tiro na nuca na manhã do dia 26 de janeiro, em frente à casa onde morava, no Núcleo Residencial Gênesis por volta das 7h quando se preparava para levar a esposa ao trabalho. Dias depois, o veículo utilizado no crime, foi incendiado em Campinas.