Dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), mostram que o uso de cinto de segurança pode reduzir o risco de morte em 45% para pessoas no banco da frente e 75% para passageiros no banco de trás dos veículos.
A estatística considera tanto adultos quanto crianças que utilizam as cadeirinhas, em vans, ônibus e qualquer outro meio de transporte coletivo.
Apesar da eficiência comprovada e da obrigatoriedade por lei, um levantamento da Concessionária Arteris Intervias, que administra algumas rodovias do interior de São Paulo, aponta que 42% das vítimas de acidentes fatais registrados no ano passado, nos 380,3 km de trecho administrado, estavam sem cinto. Os dados levam em consideração apenas ocorrências envolvendo veículos e caminhões, já que motociclistas, ciclistas e pedestres não se enquadram nessas estatísticas.
Em 2023, esse número é ainda mais grave: todas as vítimas que morreram em acidentes envolvendo automóveis no trecho da concessionária não utilizavam cinto de segurança.
“Esse é um número muito triste e preocupante para nós. O cinto de segurança é um equipamento indispensável no trânsito para evitar lesões e salvar vidas. Fazemos um trabalho constante de educação ao longo do ano para conscientizar os usuários sobre o respeito a essa e outras regras de trânsito e precisamos da colaboração de todos para preservarmos vidas nas rodovias”, comentou o diretor superintendente da Arteris Intervias, Helvécio Tamm de Lima Filho.
Infração considerada grave
Além de colocar a vida em risco, a não utilização do cinto de segurança é uma infração considerada grave segundo o Código de Trânsito Brasileiro, com aplicação de multa de R$195,23 e perda de cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).