Sorocaba está entre as regiões com maior número de afogamento em SP

Região de Sorocaba e São José dos Campos ficam atrás apenas da área do litoral do estado. Acidentes em SP aumentaram 11,7% em 2022

Por Rafaela Oliveira

Só em praias paulistas foram registrados 2,3 mil casos no ano passado
Getty Images

As regiões com maior número de casos de afogamento no estado de São Paulo foram Sorocaba e São José dos Campos, ficando atrás apenas do litoral paulista, em 2022. No ano passado, o número de acidentes subiu 11,7% em comparação com o ano anterior, de acordo com o Governo de SP.

Com a chegada da época de feriado prolongado acompanhado pelo calor, as praias e piscinas ficam repletas de banhistas. Mas alguns cuidados são fundamentais para que a diversão não coloque a vida das pessoas em risco. 

Só em praias paulistas foram registrados 2,3 mil casos no ano passado. E isso se dá devido à imprudência, como embriaguez, sendo este o principal agravante dos afogamentos. Além disso, há o desrespeito aos alertas de perigo, o uso de flutuadores no mar, como colchões infláveis e as brincadeiras de risco dentro de áreas com maior profundidade.

“Neste verão, não abuse da sorte e, na praia, sempre respeite as orientações do salva-vidas. Lembre-se que quase metade dos afogados acreditavam que sabiam nadar”, alerta a coordenadora do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau), Cecilia Damasceno.

Confira algumas dicas para evitar afogamentos:

1. Designe uma pessoa específica para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo bebida alcoólica e se concentrar nos cuidados dos pequenos;

2. Não confie na falsa impressão de segurança que os pais têm com o uso de boias e com a presença de outros banhistas conhecidos em torno da piscina;

3. No clube, lembre-se que o salva-vidas tem muitas pessoas para observar e que a visão dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas;

4. Em locais de correnteza, jamais desobedeça a sinalização do Corpo de Bombeiros;

5. No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas;

6. Se for para o fundo usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação;

7. Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar.

8. No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar as margens.

9. Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos.

10. Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho.

11. Evite mergulhos solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de imprevistos.

12. Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do ambiente fica bastante limitada.

Socorro adequado 

Tão importante quanto evitar o afogamento, é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando a própria vida em risco. O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que flutuam ou que sirvam como uma corda.

Uma simples garrafa pet pode ajudar a evitar um afogamento. É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros. A remoção da vítima deve ser feita pelos membros (pernas e braços) e jamais pode haver a compressão do abdômen. Fora d’água, a vítima deve ser colocada de lado, ter sua roupa molhada removida e ser aquecida até que haja atendimento profissional.

*Sob supervisão de Rose Guglielminetti

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