Paulo Henrique Marcelo foi exonerado do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Sorocaba (SP), após ser condenado por envolvimento na compra de um prédio, no valor de R$ 30 milhões, com superfaturamento e pagamento de propina. Outras quatro pessoas foram condenadas.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da cidade na última sexta-feira (24), dia seguinte à condenação de Paulo Henrique Marcelo. Ele foi condenado a 10 anos de prisão por peculato, devido ao superfaturamento na compra de um prédio para a nova sede da Secretaria de Educação de Sorocaba, em 2021.
O valor de mercado do imóvel seria de R$ 19,5 milhões, mas a quantia paga foi de mais de R$ 29,3 milhões. A prefeitura de Sorocaba pagou, então, 34,5% a mais do que o prédo custa.
Na ocasião da compra do prédio, Paulo Henrique ocupava o cargo de secretário de Planejamento. Com a saída dele, a pasta passa a ser comandada por Luiz Henrique Galvão, secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas. O acúmulo de função não é remunerado.
Outras quatro pessoas também foram condenadas, sendo: Fausto Bossolo, ex-secretário de Governo e Administração de Sorocaba e Areobaldo Negretti, engenheiro aposentado da Prefeitura de Sorocaba, foram condenados à prisão por peculato e corrupção. Os empresários Arthur Fonseca Filho e Renato Machado de Araújo Fonseca também foram condenados por peculato. Todos os envolvidos sempre negaram qualquer irregularidade na compra. Os condenados podem recorrer em liberdade.
